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Professora da Estácio BH explica os impactos do tempo seco para a saúde

Em Belo Horizonte o mês de setembro começou com altas temperaturas devido à nova onda de calor, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A umidade relativa do ar na cidade poderá chegar a 10%. A seca prolongada gera inúmeros prejuízos para a saúde, especialmente de crianças e idosos, como explica Patricia Felismina Leite, professora de Enfermagem da Estácio BH.

“Trata-se dos grupos etários mais suscetíveis a doenças respiratórias neste período. O ar seco provoca o ressecamento das mucosas das vias aéreas, responsáveis por filtrar partículas e patógenos. Com as mucosas ressecadas, há um risco aumentado de infecções e, consequentemente, dos sintomas de cansaço para respirar, sangramento nasal e coceira. Crianças menores estão ainda mais sujeitas a terem menos imunidade contra agentes infecciosos. Para aliviar os sintomas, a indicação é lavar as narinas com soro fisiológico, se possível, usar um umidificador de ar, ou colocar uma bacia com água no ambiente ou uma toalha umedecida para minimizar os efeitos do ar seco. Outro agravante nesse período são as partículas de poluição, que ficam mais concentradas no ar, desencadeando os sintomas de doenças alérgicas, como asma, rinite e conjuntivite”, comenta.

Contudo, a professora frisa que o tempo seco afeta a população geral, mesmo as pessoas sem problemas respiratórios preexistentes. “A exposição a condições de baixa umidade pode afetar a saúde de várias maneiras através do ressecamento da pele e das mucosas, causando irritação nos olhos e problemas no sono”, afirma.

Outra consequência da atual condição climática é a desidratação. “Em crianças, sobretudo as mais novas, a percepção da desidratação é menor até que os sintomas piorem. Já os idosos podem dispor de uma sensação de sede reduzida e, assim, deixar de ingerir quantidade suficiente de água, o que o leva à desidratação e problemas renais”, alerta Patrícia Felismina Leite, que lembra da importância aos sinais:

“É fundamental observar os indícios de desidratação, como sensação de boca seca e língua pegajosa, redução na frequência das idas ao banheiro, urina mais escura, pele seca, olhos que parecem mais fundos do que o normal, irritabilidade ou cansaço e sede intensa, choramingar sem lágrimas – no caso de crianças. Em idosos também são indicativos de pouca ingestão de água, alterações no estado mental, como confusão ou desorientação, sensação de tontura, principalmente ao levantar-se, cansaço ou fraqueza e pele com turgor alterado”, enumera.

Segundo a especialista, a quantidade ideal de líquido pode variar conforme a idade, peso e condições de saúde específicas. “Durante o período seco, crianças de 1 a 8 anos devem ingerir aproximadamente 2 l de líquido por dia, já os idosos, de 1,5 l a 2 l por dia, considerando todas as fontes de líquido, como água, chá e sucos, porém isso pode variar com base em condições de saúde individuais”, recomenda.

Paulo Gomes

Jornalista certificado pelo Ministério do Trabalho | Repórter | Cronista Esportivo | Profissional do Direito | correspondente Bancário.

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