As vendas no varejo ampliado, que inclui itens como veículos, materiais de construção e atacado de alimentos, recuaram 0,2% em Minas Gerais na passagem de setembro para outubro. Em relação ao mesmo mês de 2023, houve crescimento de 5,4%, segundo números da Pesquisa Mensal de Comércio publicados hoje pelo IBGE.
Os números em Minas estão bem abaixo da média nacional. No Brasil, o varejo ampliado avançou 0,9% em outubro, registrando alta de 8,8% em relação ao mesmo mês de 2023.
“O que ajuda a explicar esse resultado – não só em outubro, mas ao longo do ano – é o fraco desempenho dos combustíveis e do atacado de alimentos. Estes setores têm sido impactados pela inflação alta no estado”, diz Heliezer Jacob, economista do C6 Bank.
Em Minas, as vendas de combustíveis e lubrificantes tiveram redução de 2,1% em outubro ante o mesmo mês de 2023. Em todo o país, este mesmo segmento teve alta de 2,2% no período. No atacado de alimentos, o recuo foi de 8,8% – retração maior do que a média nacional (-5,8%).
Móveis e eletrodomésticos (12,4%) e tecidos, vestuário e calçados (11,2%) foram os únicos setores que cresceram mais em Minas do que na média brasileira (9,9% e 7,9%, respectivamente).
Projeções para o PIB brasileiro
De modo geral, o varejo brasileiro tem mostrado resiliência e, assim como a indústria e o setor de serviços, deve contribuir positivamente para o crescimento do PIB no 4º trimestre.
A expectativa do C6 Bank é de que o setor feche o ano com expansão de 5%.
O resultado do varejo nacional em outubro não muda as projeções do banco para o PIB brasileiro, que deve crescer 3,4% em 2024 e 2% em 2025.
