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Vai ter corrida com Calma Clima no Festival da Onça! Nesta quinta-feira (4), maior grupo de corrida informal do mundo tem como ponto de partida o Mirante da Cachoeira e terá percurso de 9km

A corrida acontece na 2ª edição do Festival da Onça para chamar atenção da interação humana com os espaços urbanos. O ponto de partida é às margens da maior cachoeira dentro de uma capital brasileira

Vai ter corrida com Calma Clima! Na quinta-feira, 4, às 19h, o grupo de corrida e caminhada informal Calma Clima soma ao Festival da Onça. O grupo surgiu em Belo Horizonte em 2017 com o objetivo de promover a ocupação do espaço urbano e o contato com a paisagem através da corrida, caminhada e meditação. O ponto de partida é o Mirante da Cachoeira (Rua Euro Luís Arantes, 185 – Novo Aarão Reis).

Sobre o grupo Calma Clima – “Calma Clima” desbrava e clama pela ocupação da cidade através da democratização do esporte e do lazer. Com o objetivo de perquirir sobre esse fenômeno, que engaja em sua rede social milhares de seguidores e leva centenas de participantes às ruas da capital mineira semanalmente, o grupo busca, através da história oral e de fontes online, traçar alguns caminhos que contam a trajetória deste projeto, a fim de instigar novos estudos, ações, possibilidades e reflexões, no que tangem a promoção do lazer, do esporte e do território, por meio de iniciativas vinculadas aos usos das redes sociais virtuais, e os possíveis impactos para a sociedade contemporânea.

Nesta perspectiva o Calma Clima soma ao Festival da Onça para chamar a atenção da sociedade para o  sonho de um dia voltar a nadar e brincar no Ribeirão do Onça. Com programação que une mutirões de limpeza, construção de mobiliário urbano e extensa programação cultural entre os dias 1 a 7 de setembro, o  Festival da Onça, chega em sua segunda edição no Bairro Aarão Reis, zona Norte da capital mineira. A edição é uma continuidade às intervenções que visam a transformação de territórios ao longo do Ribeirão Onça, a área escolhida tem um motivo: a existência da maior queda d’água em leito natural dentro de uma capital brasileira.

A programação dos dias 1 a 5 de setembro será dedicada a oficinas, visitas mediadas, mutirões e o lançamento do livro “Lembra: isto é Rio – Histórias do Ribeirão da Onça”. Já nos dias 6 e 7 haverá celebração e programação cultural no espaço transformado com mais de 15 atrações, entre elas show de MC Dodo, Fran Januário convida Dona Elisa, Uai Sound System, Swing Safado, Baile Charme, além de feira gastronômica, festival de pipa, cortejos com a Orquestra Popular Terno de Binga, As Grandes Figuras e Boi da Manta e atividades na Tenda da Cultura com biblioteca para leitura e troca de livros. Acompanhe o Festival no Instagram: Festival da Onça (@festivaldaonca).

Destaques da programação 

Lançamento de Livro – No dia 5, acontece, às 19h, o lançamento do livro “Lembra: isto é Rio – Histórias do Ribeirão da Onça” organizado por Isabela Izidoro, André Siqueira e Elisa Marques com apoio de moradoras do Ribeirão da Onça. Haverá uma roda de conversa com educadoras e moradoras da bacia, para trocarmos experiências e imaginarmos futuros para o ribeirão. Pensado como um álbum de histórias, o livro reúne memórias, fotografias, roteiros de atividades e mapas produzidos ao longo de 2023 com comunidades da bacia do Onça. Local: Escola Municipal Herbert José De Souza: Av. Detetive Eduardo Fernandes, 320 – Novo Aarão Reis.

Programação completa em: https://www.festivaldaonca.com.br/

Arte, cultura e meio ambiente 

Com pesquisa, criatividade, persistência e cooperação, a partir da criação de vivências comunitárias, as ações começaram em articulação com a comunidade para desenhar os melhores caminhos para o projeto, em conjunto. Depois, em julho, veio o cercamento da área para conter o descarte irregular de entulhos, e o nivelamento do terreno, com o auxílio de máquinas. “Com projetos de mobiliários realizados por estudantes da UFMG e selecionados via edital, realizamos a transformação do mirante da cachoeira, por meio de mutirões com os moradores, em um espaço de encontro, descanso e brincadeira contribuindo para o senso de comunidade e pertencimento na região do Novo Aarão Reis”, afirma, Débora Tavares, coordenadora de mutirões.

Programação do fim de semana

Shows no Mirante da Cachoeira celebram a inauguração do Mirante da Cachoeira – No sábado, 6, a partir das 17h40, se apresentam as atrações selecionadas via edital exclusivo para artistas das regiões Norte e Nordeste da capital. São eles: Tio Caco, Neghaum e convidados e Talita Silva e banda Lance Livre. Com suas músicas autorais que tratam de autoestima, autovalorização e questões cotidianas, Tio Caco sobe no palco do festival com Neghaum e convidados. Na sequência, Talita artista Neo Soul brasileira emerge como uma voz imponente na cena musical contemporânea. Suas composições  são profundas ao abordar temas fundamentais como amadurecimento, superações diárias, estratégias de sobrevivência e saúde emocional. A artista inaugura uma nova etapa do seu trabalho: sua banda Lance Livre.

Muito Samba com Fran Januário! A sambista e compositora, que é uma das maiores vozes do samba mineiro em uma junção de musicalidade e sofisticação, se apresenta junto à Dona Eliza, a madrinha do Samba de BH. A compositora e sambista é uma das maiores representantes da velha guarda do Samba da capital. A apresentação acontece a partir das 16h.

O sábado também será de muito Funk com MC Dodo e Swing Safado – Misturando funk mineiro, pagodão baiano, brega e reggaeton, às 19h30, o Swing Safado promete entregar muita energia e alegria. Logo após, MC Dodo, encerra a noite celebrando a cultura periférica com seu funk consciente. Morador da comunidade do Alto Vera Cruz, o MC, que é referência do Funk consciente, com vontade de expressar os sentimentos e dramas vividos junto a seus companheiros nas periferias e favelas, começou a compor e cantar. Entre os shows de Swing Safado e Mc Dodo haverá oficina Baile Charme com May Martins e discotecagem com Uai Sound System e DJ Guto Borges.

Feriado é no Mirante da Cachoeira – O feriado da Independência da República, no domingo, 7, começa com a Orquestra Popular Terno do Binga que apresenta o lançamento do repertório para o Carnaval 2026. Fruto do encontro entre o efervescente movimento das fanfarras belorizontinas e os grupos percussivos que pesquisam as Culturas Populares Tradicionais brasileiras na cidade, resultando numa orquestra diferente, cuja maior inspiração são as Cirandas da Zona da Mata Norte pernambucana e as Orquestras de Frevo de Olinda. A concentração inicia em frente à praça em frente a Escola (Av. Detetive Eduardo Fernandes, 320) às 9h e segue para o Mirante da Cachoeira com apresentação de As Grandes Figuras, bloco de carnaval em Nova Lima, que desfila em homenagem a personalidades históricas através de bonecos gigantes; e o Boi-da-manta – com mais de 70 anos de história, ocorre anualmente entre os dias 1º e 13 de maio como parte das celebrações da Festa de Nossa Senhora do Rosário, no bairro Concórdia.

Capital dos rios – Belo Horizonte pode ser chamada de a capital dos rios: com seus quase 700 quilômetros de cursos d’água que atravessam a cidade. Infelizmente, grande parte está poluída e a maioria está escondida embaixo de concreto e do asfalto. Esse processo de degradação teve início com a construção da cidade, com momentos de maior intensidade: da metade do século XX pra cá, a associação de carros e vias asfaltadas com a ideia de progresso e modernização ganhou força. Além disso, com a ocupação humana muito próxima às suas margens e a canalização transbordam causando enchentes.

A luta é por uma cidade que, com rios limpos, acompanhe as curvas livres de suas águas. Uma cidade para se viver junto, pra brincar, nadar, andar de bicicleta no espaço público. Uma cidade para todo mundo, que seja realmente compartilhada, com mais parques públicos e áreas verdes; com mais transporte coletivo e menos carros.

Sobre o Festival 

O Festival da foi criado em 2024, pela Escola de Arquitetura da UFMG, por meio do projeto de extensão sob coordenação do professor Roberto Andreas, e, em parceria com o Conselho Comunitário Unidos Pelo Ribeiro de Abreu (Comupra), o Movimento Deixem o Onça Beber Água Limpa e o Projeto Manuelzão. O Festival da Onça – 2ª Edição é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.

Desta mobilização, conduzida pelo Comupra, surgiu também um projeto grandioso: o Parque Ciliar Comunitário do Ribeirão Onça, que vai acompanhar o caminho do rio, a parte que ainda está aberta e em curso natural. Com hortas, quadras, ciclovias e outros espaços de convivência, o parque vai proteger o rio e as comunidades do seu entorno, criando um ambiente ecologicamente saudável, um local para encontros e uma área mais segura para a comunidade.

O Festival da Onça é um convite para você também fazer parte disso. Porque transformar o local é mudar o mundo. Porque viver e agir em comunidade dá força pra cada um de nós e aponta caminhos pra gente seguir em frente. Vamos juntos fazer de BH a capital dos rios!

Serviço

Festival da Onça

Data: 1 a 7 de setembro

Programação completa: https://www.festivaldaonca.com.br/

Leo Junior

Bacharel em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário UNA, graduado em Marketing pela Unopar e pós graduado em Marketing e Negócios Locais e com MBA em Marketing Estratégico Digital, é um apaixonado por futebol e comunicação além de ser Jornalista certificado pelo Ministério do Trabalho.

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