Upchuck revela novo single “Tired”

PARTE DE NOVO ÁLBUM I’M NICE NOW, PRODUZIDO POR TY SEGALL, PREVISTO PARA 3 DE OUTUBRO – RESERVE AQUI
Foto: Michael Tyrone Delaney
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Hoje, a banda de Atlanta Upchuck – formada pela vocalista KT, os guitarristas Mikey Durham e Hoff, o baixista Ausar Ward e o baterista/vocalista Chris Salado – compartilha seu novo single “Tired”, a faixa de abertura feroz do aguardado álbum I’m Nice Now (lançamento em 3 de outubro). A faixa mostra KT tentando desesperadamente conter seus sentimentos de desesperança. Ao lado de uma batida trovejante e riffs de guitarra incendiários, ela confronta o espetáculo constante da injustiça social que se tornou uma rotina diária para sua geração: “Quantas vezes eu tenho que dizer que nossos bolsos estão chorando?… Quantas pessoas você vai enganar e dizer que não está mentindo?” Sua performance vocal, furiosa, se repete em espiral como o ciclo interminável de notícias deprimentes, mas não é um sinal de derrota; é uma crítica afiada – talvez até uma ameaça – aos que estão no poder: “E eu estou cansada das notícias sombrias / E eu tentei te avisar / Parece certo te assustar.”
I’m Nice Now foi produzido e mixado por Ty Segall no Sonic Ranch Studio e masterizado por Heba Kadry. O álbum inclui os singles já lançados “Plastic” “Forgotten Token” e “Un Momento”. O disco está disponível em pré-venda nos formatos: vinil prateado edição limitada, vinil preto padrão, CD e digital. Todos os formatos físicos incluem pôster dobrável.
Após duas apresentações incendiárias no Green Man Festival e dois shows em Londres no início deste mês, o Upchuck inicia uma turnê nos EUA em setembro antes de voltar ao Reino Unido e Europa em novembro.
MAIS SOBRE I’M NICE NOW:
Segundo KT, nunca houve um momento em que ela não sentisse raiva. Como vocalista do Upchuck, banda punk da Geórgia cuja música é tão afiada quanto uma foice, KT sempre carregou essa energia feroz – antes mesmo de ter a banda como válvula de escape. Como mulher negra na América, a raiva foi o filtro através do qual ela sempre teve que enxergar o mundo. Ouvir o Upchuck – KT, Chris Salgado (bateria/voz), Mikey Durham e Hoff (guitarras), e Ausar Ward (baixo) – é sentir a destilação dessa existência: dor, tristeza, raiva e medo traduzidos em punk. O debut do Upchuck pela Domino é I’m Nice Now. Mas não confunda “ser legal agora” com fraqueza. É autopreservação.
“Nesse mundo de distrações e tensões constantes, é importante manter sua mente, corpo e espírito sãos e firmes o suficiente para continuar nessa luta aparentemente interminável,” diz KT. “Sendo uma pessoa não branca, por padrão, você vai ter essa raiva.” Mas ela também toca uma nota de otimismo, ainda que irônica: “Você vai ter o desejo de mudança, e o desejo de que a palhaçada acabe.”
Com I’m Nice Now, o Upchuck canaliza sua fúria em um álbum que, sim, é cheio de raiva. Mas, além de ser um ritual musical de exorcismo, também é uma crítica contundente aos que ainda estão no poder – e à razão pela qual ainda permanecem lá. O álbum foi gravado no Sonic Ranch Studio, no deserto do Texas, com produção de Ty Segall. A banda, fortemente influenciada pelos Stooges, entrou no estúdio após se tornar extremamente entrosada na estrada e gravou ao vivo em fita, com overdubs mínimos. Chris, o baterista, também acrescentou vocais no improviso – incentivado pelo grupo a escrever letras em espanhol, sua língua materna, e a fazer duetos com KT em algumas músicas. Foi sua primeira vez registrando vocais em um álbum, buscando fundir a cumbia que o influenciou desde a infância ao punk tradicional do Upchuck, criando algo singular.
Upchuck é um ato violento, mas também um ato de rejeição – a expulsão de um corpo estranho. É sobre autonomia, sobre negação, sobre recusar-se a ser subjugado. O nome é perfeito para a banda, cujos membros têm a liberdade como obsessão nos primeiros dias do segundo governo Trump. “Não podemos continuar deixando essas pessoas nos controlarem,” diz Chris. “Precisamos de liberdade.” É claro que a música carrega raiva. Mas essa raiva lhes foi dada – um efeito colateral do racismo, sexismo e classismo enraizados no modo de vida americano. A raiva é uma herança indesejada. Eles não a querem. Então, a estão expulsando em forma de música. “Agora, sinto que posso respirar de certa forma, mas ainda é o mesmo ar sujo,” diz KT. “Mas ao menos eu posso respirar.” Eles estão legais agora. Legais porque fizeram esta banda, porque gravaram este álbum. As músicas estão funcionando. Sem esse escape, antes, eles não eram legais. Mas quem poderia culpá-los?
Tracklist:
- Tired
- Plastic
- New Case
- Fried
- Homenaje
- Kept Inside
- Pressure
- Un Momento
- Forgotten Token
- Kin
- Lost One
- Slow Down
- Nowhere
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