Cultura

Teatro Infantil: Grupo Bilu Bila e Cia celebra 30 anos de magia e amor pela infância

Companhia cearense dirigida por Luciano Lopes comemora três décadas de palhaçaria, teatro e circo com repertório premiado, oficinas e espetáculos que marcaram gerações de crianças e famílias

Há 30 anos, o som do riso e o brilho da imaginação ecoam pelos palcos do Ceará com a assinatura do Grupo Bilu Bila e Cia — uma das companhias mais longevas e queridas do teatro infantil nordestino. Fundado e dirigido pelo ator, diretor e palhaço Luciano Lopes, o grupo construiu uma trajetória marcada pela alegria, pela arte circense e por uma profunda conexão com o universo da infância, tornando-se referência em teatro de bonecos, humor e formação artística.

Natural do Crato, no Cariri, Luciano Lopes iniciou sua jornada nos anos 1980, transitando entre o teatro popular, a comédia e a palhaçaria. Ao criar o Bilu Bila e Cia, ele deu forma a um projeto de vida que uniu arte, educação e afeto — pilares que sustentam uma história viva e pulsante. Hoje, a companhia celebra três décadas de atividades contínuas, mantendo o mesmo encantamento do primeiro espetáculo.

“A arte do palhaço é também uma forma de educação e afeto. Não fazemos espetáculos apenas para divertir, mas para criar memórias na vida das crianças e abrir espaços de imaginação”, afirma Luciano, que segue à frente das criações, das oficinas e das apresentações do grupo.

Trinta anos de palcos, prêmios e encantamento

Com um repertório diverso e repleto de personagens marcantes, o Bilu Bila e Cia conquistou o público e o reconhecimento de festivais em todo o país. Espetáculos como O Circo Pirado, O Baú de História do Palhaço, Mariquinha Maricota, O Chapeuzinho Vermelho, A Princesa e o Sapo, O Mágico de Oz e Faustino, um Fausto Nordestino tornaram-se clássicos do teatro infantil cearense, combinando teatro de bonecos, música ao vivo, humor e interação direta com a plateia.

Ao longo da trajetória, o grupo colecionou prêmios e menções honrosas em eventos como o Festival de Humor do Ceará, o Festival Nacional de Teatro Infantil e o Festival de Teatro de Acopiara, onde recebeu destaque com o espetáculo Faustino, um Fausto Nordestino. Mais recentemente, a companhia foi selecionada para o Festival de Teatro de Bonecos – Prêmio Augusto Bonequeiro, em Fortaleza, uma das mais importantes celebrações da arte bonequeira no estado.

Formação, oficinas e legado educativo

Além dos palcos, o Bilu Bila e Cia tem um papel essencial na formação de novas gerações. A companhia realiza oficinas de dedoche, teatro, maquiagem artística e brincadeiras populares, levando arte a escolas, praças e projetos sociais. O impacto dessa atuação ultrapassa os limites do palco: muitos dos que viveram experiências com o grupo na infância hoje são profissionais em diversas áreas — médicos, promotores, professores, advogados e produtores culturais —, carregando consigo o valor da imaginação e da sensibilidade artística.

Luciano Lopes: humor, cultura e resistência artística

Com uma carreira multifacetada, Luciano Lopes é também conhecido por personagens icônicos do humor, como a irreverente Luana do Crato, que o projetou nacionalmente e o levou a vencer o Festival Nacional de Humor. Mesmo com o sucesso no humor adulto, Luciano nunca abandonou a missão que o move desde o início: fazer rir e pensar através da arte popular.

Com o Bilu Bila e Cia, o artista reafirma a crença no riso como linguagem universal e ferramenta de transformação. “O riso é um ato de resistência e amor. É através dele que a gente fala com o coração das pessoas, especialmente das crianças”, costuma dizer o artista, emocionado ao relembrar as décadas de palcos e aplausos.

Trinta anos depois, o grupo segue firme, colorido e criativo, encantando novas gerações e preservando a memória do teatro infantil cearense. Entre bonecos, músicas e gargalhadas, o Bilu Bila e Cia continua a provar que a arte feita com verdade e dedicação não envelhece — apenas se renova, como a alegria das crianças que o assistem pela primeira vez.

GRUPO BILU E BILA – 30 ANOS
Direção: Luciano Lopes

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