A partir deste domingo (5), às 21h, a Rádio MEC apresenta a série inédita Samba-jazz. Com cinco programas semanais, a produção conduzida pelo jornalista e escritor Ruy Castro combina repertório de sucessos e narração do apresentador.
O seriado traça um panorama sobre esse gênero musical que surgiu no Rio de Janeiro por volta dos anos 1960 e foi, naquela época, a melhor música instrumental do mundo. Além de ouvir no dial, o conteúdo pode ser acompanhado no app Rádios EBC, na transmissão em streaming no site da emissora pública e em formato podcast pelo Spotify.
A nova série original de Ruy Castro, Heloisa Seixas e Julia Romeu revela um dançante mapeamento desse gênero genuinamente brasileiro. A atração revela a natureza do samba-jazz e lembra alguns de seus principais expoentes como Edison Machado, Tenório Jr., Raul de Souza e Moacir Santos.
A produção também investiga a razão do som vigoroso que marca o samba-jazz na edição de estreia. Os músicos eram originários quase todos das gafieiras e, por isso, tocavam com grande potência e swing, características assumidas pelo gênero. A improvisação é outro atributo que o diferencia de outros estilos e o aproxima da associação com a música americana.
O programa indica as vozes do samba-jazz, grandes cantores que se identificavam com esse gênero tão instrumental, como Leny Andrade, Pery Ribeiros e Elza Soares, entre outros. Muitos começaram com o modo mais contido de cantar, mas foram se soltando. Assim, ganharam potência, passaram a tomar liberdades com o ritmo, fazer improvisos e vocalises, sem perder a sofisticação da Bossa Nova.
“O Samba-jazz é a Bossa Nova com músculos, cantada para fora, com alegria e muito ritmo. Podemos dizer que, se a Bossa Nova é cool, o Samba-jazz é hot”, resume Ruy Castro em sua análise sobre o gênero no quarto episódio da sequência apresentada pela Rádio MEC. A edição que fecha o seriado é dedicada à formação que foi um símbolo desse período: os trios de samba-jazz.
Sobre Ruy Castro
O jornalista e escritor Ruy Castro começou sua trajetória profissional como repórter em 1967, no Rio de Janeiro, e atuou nos principais veículos da imprensa carioca e paulistana. Em 1988 passou a se dedicar aos livros e fez sua estreia como escritor em 1990, com o lançamento de “Chega de saudade: a história e as histórias da bossa nova”.
É autor de biografias de Nelson Rodrigues, Garrincha e Carmen Miranda, reconstituições históricas sobre a bossa nova, o samba-canção e o Rio de Janeiro dos anos 1920, além de romances e obras sobre cinema e literatura. Em 2021, foi agraciado com o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras (ABL). No ano seguinte, foi eleito para ocupar a cadeira 13 da ABL.
Serviço
Estreia da série Samba-jazz – domingo, dia 5/1, às 21h, na Rádio MEC
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