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Sábado e domingo (24 e 25/8) – Virada Cultural de BH lança programação completa

Entre os destaques da programação, estão shows de Lenine e Marcos Suzano, Lagum, Héloa, MC Marechal, performance de Ricardo Aleixo, Samba com Dudu do Cavaco, Adriana Araújo e Toninho Geraes, entre outros, além do Viradão Gastronômico e da Virada Sustentável

Com o conceito “Belo Horizonte rima com VC”, a 9ª edição da Virada Cultural de Belo Horizonte destaca a conexão entre o coletivo e o indivíduo, assim como a cidade e o evento. Nos dias 24 e 25 de agosto, em mais de 24 horas de programação aberta ao público, o hipercentro recebe 230 atrações, com nomes como Lenine e Marcos Suzano, Héloa, Lagum, MC Marechal, MC Laranjinha, estreia mundial de performance de Ricardo Aleixo, e participações de Dudu do Cavaco, Adriana Araújo e Toninho Geraes, entre outros. Além de música, o evento traz na programação diversas áreas e linguagens: cinema, teatro, exposições, intervenções, instalações e esportes urbanos. O Viradão Gastronômico propõe um roteiro de bares e restaurantes com pratos especiais, enquanto a Virada Sustentável promove ações de conscientização e preservação do meio ambiente, com destaque para o Recicla Belô, projeto idealizado pela SLU em parceria com a Secretaria e Fundação Municipal de Cultura, que promove a inclusão de catadores autônomos em eventos de rua.

 

ATRAÇÕES DO PARQUE MUNICIPAL AMÉRICO RENNÉ GIANNETTI

 

Palco Fecomércio

Por acreditar no potencial e na capacidade da Virada Cultural em movimentar a cadeia de serviços de bens, consumo e turismo, o Sistema Fecomércio, por meio do Sesc em Minas, é mais uma vez parceiro do evento e dá nome ao palco localizado no Parque Municipal. O “Palco Fecomércio” vai receber o show de Lenine e Marcos Suzano, apresentando o repertório do álbum “Olho de Peixe”, que projetou a dupla há 30 anos. Outro destaque deste Palco é a artista afro-indígena Héloa, que se une ao grupo Sabuká Kariri-Xocó, ao som de maracas, vozes e tambores. Com 16 anos de carreira, ela coleciona parcerias com grandes nomes como Margareth Menezes e Carlinhos Brown.

A tradição do Congado é representada pela banda Congadar, que homenageia a riqueza cultural das comunidades afro-brasileiras. O trompetista e integrante do coletivo Babadan Banda de Rua, Juventino Dias, coloca em evidência um cenário de Música Instrumental Afromineira, em plena ascensão em Minas Gerais. A multi-instrumentista, cantora e compositora, Nath Rodrigues dedica seu trabalho à canção e à pesquisa dos efeitos da música sobre o corpo-mente-espírito e leva ao Palco Fecomércio a sensibilidade e harmonia de suas composições. E o Comitê Indígena Mineiro realiza o ritual multi-étnico “Os Caminhos de Pachamama”, que mistura tradições andinas e brasileiras.

 

A banda belo-horizontina Graveola convida a cantora Júlia Branco para um show intimista, em que os arranjos vocais são privilegiados. Figura singular no carnaval de rua de BH, Di Souza se une ao projeto Percussão Circular em um espetáculo movido pelo forró, samba e maracatu. No palco da Virada, o grupo comemora dez anos de estrada. Direcionado para o público infantil, o show “Sois África Mirim”, de Tom Nascimento, tem músicas autorais e de domínio público.

 

Os ritmos latinos são celebrados pelo grupo instrumental Mambo Jazz e pela banda Unión Latina, formada por integrantes de diferentes países latino-americanos. Já a Orquestra Mineira de Brega promove uma viagem do brega nacional ao internacional com o show “Amor com Jeito de Virada”. Samba, baião, axé e outros diversos ritmos do Brasil atravessam o som animado do grupo Odilara.

 

Palco Chico Nunes

No “Palco Chico Nunes”, também no Parque Municipal, um dos destaques é a nova performance de Ricardo Aleixo, que terá estreia mundial na Virada Cultural de Belo Horizonte e, em breve, será apresentada em Nova Iorque. Serão utilizados elementos como voz falada e cantada, a guitarra e o violão de sete cordas de Alvimar Liberato, e paisagens sonoras gravadas por Ricardo Aleixo em cidades da Afro-Diáspora pelas quais passou nos últimos anos. Este Palco também contará com a apresentação da compositora e multi-instrumentista Carla Sceno, natural de Viçosa (MG), que tem se destacado por sua busca incessante por novas sonoridades e identidades musicais. Outra mineira na programação, com turnês no Brasil e na Europa, é Luiza Brina, que apresenta seu álbum recém-lançado “Prece”, em um show intimista acompanhada de seu violão e pedais, com colaboração do tecladista Lucas Ferrari.

 

Trabalhos autorais também são celebrados neste palco. Marquim D’ Morais apresenta sua obra mais recente,  “Daqui Até Onde Eu Quiser”; Manacá da Serra lança o disco “Trio”, com sua tradicional formação de forró pé de serra: zabumba, sanfona e triângulo; enquanto Jennifer Souza comemora os 10 anos de do seu álbum de estreia na carreira solo, “Impossível Breve”, em uma apresentação em formato mínimo, mostrando como essas músicas vieram ao mundo.

 

O pandeiro é o protagonista no espetáculo “Pele, Metais e Madeira”, da Orquestra Mineira de Pandeiro. Intérpretes do samba, como Clara Nunes e Dona Ivone Lara, são o foco do repertório do grupo Batuque Dagmar, com formação integralmente feminina. O resgate dos tradicionais e populares bailes e festas dançantes que marcaram os anos 1960 e 1970 na cidade de Belo Horizonte fica a cargo da Orquestra Gafieira Etc & Tal, no show “Baile de Gafieira”. Os sucessos românticos dos anos 1980 também terão vez no show nostálgico “Sem Limites pra Sonhar”, do artista santista Rodrigo Torino e banda. Também de Santos (SP), Nêga Kelly conquista as terras mineras com repertório que vai de Amy Winehouse a Ludmilla.

 

A banda Diplomattas traz sucessos das trilhas sonoras de grandes filmes mineiros como “Marte Um” (Gabriel Martins) e “No Coração do Mundo” (Gabriel Martins e Maurílio Martins), além de canções icônicas da música negra brasileira e internacional. Coral sobe ao palco com sua poesia engajada e potente, a partir de seu lugar como artista nordestina e travesti. Também se apresentam no local Irene Bertachini, o Coletivo Alto Batuque, a Banda da Guarda Municipal e a Banda dos Bombeiros.

 

Praça dos Patins

A Praça dos Patins tem  programação especial para as crianças.  O educador musical Flávio Cravo oferece uma experiência para famílias, para cantar, tocar e brincar a partir de canções cuidadosamente pensadas para estimular o desenvolvimento sensório-motor infantil. Já a Cia Gêmea presenteia o público com fanfarra, interações e brincadeiras circenses no espetáculo “A Alegria do Circo”. A programação infantil continua com a dança Retalhos e a atração Bonequinho Doce.

Atividades interativas também ocupam o espaço. O Yoga Tribo e a banda Vrindavan convidam o público a movimentar o corpo ao som de versões musicadas de mantras e com a oficina Dança Afro na Rua, com um momento para quem quer aprender passos de danças afro-brasileiras. O Grupo Artístico Cultura do Guetto apresenta seu mais recente espetáculo “Espiral”.

Em formato de cortejo e roda, o Bloco de Pífanos de BH, primeiro de Minas Gerais, une flautas, percussões, tuba, sanfona e vozes. Já o violão, encontra a clarineta no show de Bia Nascimento e Thamiris Cunha, duas renomadas instrumentistas mineiras, com repertório voltado para o choro e para a música instrumental brasileira. Clássicos de Luiz Gonzaga, o rei do baião, ganham novas versões com Thaís Felicori e banda, composta apenas por mulheres e pessoas não binárias.

O bloco de carnaval Sambô São Salvador reúne músicos jovens e veteranos no Parque Municipal, criando uma grande roda de samba carnavalesca e o grupo Matecitos passeia pela América Latina, interpretando grandes canções de nomes como Mercedes Sosa, Jorge Drexler e Chabuca Granda. Ainda há Adrielle Assis, que exalta cantos e rezas dos terreiros de umbanda e candomblé; Jorge Drexler e Chabuca Granda; e o Grupo Adorar-te com muito samba e pagode. Na programação deste Palco, ocorre também a final de 2024 do “Slam das Manas”, promovido pela Coletiva Manas, com a participação das quatro poetas vencedoras do ano. A campeã representará a Coletiva no Slam MG 2024.

Espaço Gui Fiuza

Ainda no Parque Municipal, será feita uma homenagem a um dos maiores cineastas mineiros, Guilherme Fiúza, que faleceu em 2024 e que dará nome ao espaço de cinema da Virada Cultural. Serão exibidas duas das suas grandes obras: a animação brasileira “Chef Jack – O cozinheiro aventureiro” (2023) e o longa-metragem “O Menino no Espelho” (2014), adaptação do livro de Fernando Sabino.

Outros curtas, longas e documentários serão exibidos neste espaço, como: “Mãos Invisíveis – a linha de frente do trabalho de cuidado”, de Millena Vieira; “O que pode o corpo”, de Léo Barcelos; “Sofá Verde”, de Ayron Borsari; “Nação Comprimido”, de Bruno Carvalho ; e “A hora da vagabunda”, de Rafael Conde.

Ainda há apresentação da banda Carlos Gomes, com o repertório “Músicas de Cinema”, levando ao público recordações de diversas épocas. E a projeção Libras Musical, com vídeo dança em Libras.

 

Palco Lago

No gramado, o Palco Lago recebe a oficina “Pandeiro para Todos: virando o som nas ruas de BH”, que convida o público para aulas experimentais. Também acontece o Piquenique Literário, em que professores da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte contam histórias encantadoras para crianças e adultos. E o bloco de carnaval Sambô São Salvador reúne músicos jovens e veteranos criando uma grande roda de samba carnavalesca.

 

Percurso

O Percurso do Parque Municipal traz exposições que exploram diferentes temáticas, técnicas e aportes. “A Nengua do Dendê”, de Ojú Obá Kariri, apresenta como o dendezeiro narra a história de décadas de uma comunidade negra, Nzó Kabila. Em sua segunda participação na Virada Cultural, o trio Irmãos Mamedes, de Carol, Ismael e Gabriel, portadores da Síndrome de Asperger, expõe suas experimentações com giz de cera coloridos. Já Fabiano Moreira, em “Giro Bumbá”, captura a magia do cortejo anual em Lagoa Santa, Minas Gerais.

 

Malabarismos com fogo, luz, claves, pernas de pau, acrobacias aéreas, palhaçaria entre outras artes circenses estarão no Circo do Sufoco. E a EBA –  Escola Bike Anjo busca engajar o público no uso da bicicleta como um meio de transporte eficaz, útil e saudável na mobilidade da vida urbana. Em Mãe Ieda (in memorian) e Mestre Guiné, a contação de histórias é enriquecida por canções tradicionais e composições originais, que terão lugar junto às esculturas das escritoras Carolina Maria de Jesus e Lélia Gonzalez, inauguradas recentemente pela Prefeitura de Belo Horizonte e os Movimentos de Mulheres Negras de Minas Gerais.

 

Ainda no Percurso, serão realizadas atividades como o Cadastramento Escolar, a Feira Solidária, o Espaço PET, a Exposição de Insetos da Biofábrica de Joaninhas e Crisopídeos; e o projeto BH é Ken. Intervenções da Turma do Lobinho do Bem e do escritor Renato Negrão complementam a programação.

 

O Recicla Belô promove a inclusão de catadores autônomos em eventos de rua. Serão 50 catadores que realizarão a coleta de recicláveis durante as mais de 24h de atividades culturais na área central de BH com a instalação de uma Central de Reciclagem que será operada pela cooperativa Coopesol Leste. O Projeto conta com o apoio do público para separação e entrega de materiais aos catadores que estarão uniformizados com camiseta rosa. A estimativa é recolher em torno de 2 mil kg de materiais plásticos e latinhas, com pagamento pela prestação de serviços aos catadores. Experiência semelhante ocorreu durante o carnaval e demarcou a importância de inclusão dos catadores em grandes eventos de rua em Belo Horizonte.

 

ATRAÇÕES DA PRAÇA RAUL SOARES

 

Palco Praça Raul Soares

Entre as novidades de 2024, está o “Palco Praça Raul Soares”, onde a música brasileira terá destaque com a “Praça do Samba”, uma correalização da Belotur. Será um recorte do samba e do carnaval de Belo Horizonte, um dos melhores do país, em um dos espaços ícones de Belo Horizonte com apresentações de grandes nomes do Samba mineiro: Toninho Geraes, Fernando Bento e Adriana Araújo. Também presente, entre outras atrações, Dudu do Cavaco, primeiro artista com síndrome de Down a gravar um álbum no Brasil, que conduz um show recheado de hits como “Corcovado”, de Tom Jobim, e “Com que roupa?”, de Noel Rosa.

 

Ainda na temática samba, Fabinho do Terreiro apresenta a essência e a tradição do repertório de raiz. Idealizado pelo músico Thiago Delegado, a Virada do Samba Autoral, em sua segunda edição, promove apresentações musicais envolvendo compositores, cantores e instrumentistas mineiros. Com quase 20 anos de história, o Grupo Simplicidade dissemina a diversidade e a ancestralidade do gênero. Representando as escolas de samba, a Unidos dos Guaranys leva mais de 60 anos de história ao Festival. Enquanto Dona Elisa, integrante da Velha Guarda, apresenta seu tradicional “Samba da Madrinha”. E da nova geração, Fernando Bento também marcar presença.

 

O Choro também terá vez. O grupo Chorosas fará uma homenagem a Chiquinha Gonzaga com o show “Ô abre alas que elas vão tocar”. E o Choro do Jura terá uma versão com canções apenas de compositores belo-horizontinos. Ainda no Palco Praça Raul Soares, a cantora e compositora Marina Gomes apresenta o show “Perfeito Abrigo”, interpretando músicas autorais do seu segundo disco, “Central do Amor”. As fanfarras e canções tradicionais dos povos Romani estarão presentes com a Belina Orkestar. E Paulo Soares, conhecido como DJ A Coisa, leva Black Music e Disco Funk.

 

A performance queer “Réquiem para uma noiva iluminada” propõe uma deriva pelo circuito da Virada Cultural, com o trabalho de Ed Marte. E a BeHoppers terá o “Pic Nic Vintage”, que propõe uma viagem no tempo, com uma pista de dança e dançarinos ao som de músicas da década de 30.

 

Enquanto a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer promove a “Rua do Lazer”, a Associação Interclube de Veículos Antigos terá uma exposição de carros para apreciação do público. E o Velho Mercado Novo terá um espaço com o intuito de homenagear e celebrar os produtores e comerciantes locais que ocupam o local há décadas, assim como aqueles que o transformaram em um dos pontos turísticos mais procurados da cidade. Será uma experiência imersiva, um convite para conhecer o Mercado Novo.

 

E como parte da Virada Social, diversas ações estão previstas. O Instituto Mano Down apresenta “Zumba Inclusiva”, uma vibrante performance de dança onde pessoas com deficiência intelectual demonstram seu talento e alegria. Joubert Garcia Cupertino leva a instalação “Aquece Coração Beagá” que vai recolher e posteriormente distribuir agasalhos, cobertores e mantas para os moradores em situação de rua. A Sopa de Pedra, por sua vez, distribui a refeição a pessoas socialmente vulneráveis. O Recicla Belô promove ações de conscientização ambiental, enquanto o coletivo Cai Junto promove redução de danos com informação técnica e científica sobre uso consciente de álcool e outras drogas.

 

PRAÇA RUI BARBOSA

 

Palco Vivo

Outra novidade é a parceria com a Vivo, uma das maiores marcas apoiadoras da cultura no Brasil e que, há 20 anos, investe nas artes cênicas, visuais e na música para ampliar e democratizar o acesso à cultura. O “Palco Vivo” ficará na Praça Rui Barbosa, próximo à Avenida dos Andradas, e quem vira a madrugada por lá é a Banda Lagum, grupo que nasceu em Belo Horizonte e conquistou o Brasil com seu pop solar.  Agora em carreira solo, membro fundador da banda Rosa Neon, Marcelo Tofani, realizará um show com músicas inéditas, além de canções do seu primeiro álbum solo “Fantasia de um amor perfeito”.

 

O Rap e o Hip-Hop têm nomes significativos no Palco Praça Rui Barbosa. Mangaia se junta a Douglas Din e eles misturam rap, trap, boom bap e brasilidades. Laura Sette, integrante do selo “A Quadrilha”, leva autenticidade e criatividade, solidificando seu papel como uma voz poderosa no cenário musical contemporâneo. MC Laranjinha, que este ano foi indicado ao Grammy Latino, apresenta hits como “Ligou na Madrugada” e “Solteirinha”. Cantora, compositora, beatmaker e produtora musical, Iza Sabino é um dos nomes mais relevantes do rap nacional da atualidade. Vitin da Igrejinha embala sucessos como “Baile no Morro”. “TV Show”, de Ogoin e Linguini, oferece uma experiência auditiva única que atrai tanto os fãs de hip-hop, quanto os amantes da música soul, funk, disco e eletrônica. E Hip-Hop Cypher Pipoca e Combate será uma batalha infantil de dança que promete encantar.

 

MC Papo e Dedé Santaklaus apresentam o “Modão Malado”, um projeto que mistura a tradição do sertanejo de raiz com a energia do funk de Belo Horizonte. Luiza Cruz leva estéticas sonoras e visuais baseadas na Black Music dos anos 1970 e 1980. Com uma voz marcante que acaricia os corações, o show de Akin Zahin, grande promessa do R&B em Minas Gerais, tem o espetáculo “Soul, Ritmo & Melodia”. E o Bonde do Dub conecta o público ao universo da música jamaicana, e na Virada Cultural será um repertório composto essencialmente por músicas próprias e hits de Bob Marley.

 

O Carnaval de Belo Horizonte se faz presente com a pegada de irreverência, humor e muito groove da banda Truck do Desejo, que surgiu a partir do bloco homônimo. E o Swing Safado mescla sucessos populares e músicas autorais, promovendo alegria, diversidade e inclusão. Outra atração é o DJ Kingdon, que anima a pista.

 

Para fechar a programação, Todos Estão Surdos traz um sarau protagonizado pela língua de sinais e pessoas da comunidade surda. Um encontro de poesias e histórias que perpassam a identidade, cultura e experiências dessas pessoas. A artista Raquel Bolinho celebrará os 15 anos de seu famoso personagem com um live painting de três artistas em telas de 1,2m x 1,2m. E a intervenção de Talita Rocha, “Lambe-Lambe: Orixás Entre Linhas e Emaranhados”, promoverá a democratização da arte urbana e afro-brasileira, a partir da ação de distribuição gratuita de lambe-lambes para o público e uma instalação interativa com obras de 1,60m a 2m, na qual os visitantes podem também contribuir.

 

ATRAÇÕES DA PRAÇA SETE

Projeções e Mapping
Este espaço conta com projeções e mapping do Homem Gaiola, talentoso arquiteto e artista digital de Belo Horizonte, que mescla arte e tecnologia em suas inovadoras obras.

Espaço Forró

Na Praça Sete, o “Espaço Forró” recebe o Forró Sound System, um movimento que valoriza a cultura nordestina pelo resgate da música e da dança popular.  DJ Naty e DJ Fred Boi trazem 19 sets com temáticas e composições de suas pesquisas no universo das brasilidades nordestinas, convidando um DJ para cada composição.

Também neste local estará presente a “Feira Abya Yala”, 1ª Feira Indígena & Imigrante de BH, que conta com barracas de artes indígenas, gastronômica e de produtos fabricados artesanalmente pelas tribos indígenas Kambiwá e Pataxó. Presentes também produtos das mulheres Aymara da Bolívia, tecidos e vestimentas peruanas e comidas típicas do país.

Espaço Festas

As festas mais badaladas da cidade prepararam versões especiais para a 9ª edição da Virada Cultural de Belo Horizonte. A Gira na Quebrada almeja difundir e celebrar as riquezas da cultura afrodiáspora com sets de música, performances de dança e intervenções poéticas. O Coletivo Magnata$ apresenta a “Cat Fight”, com uma audaciosa, enérgica e inovadora Batalha de Vogue.

 

A música eletrônica será bem representada. O Coletivo Piranhas leva o “Baile das Piranhas”, que celebra as sonoridades latino-americanas, periféricas e as novas tendências. O “Trem da Virada” é a participação do coletivo TREMBASE, destacando a cena eletrônica independente. E estreante no Festival, a 101Ø terá um showcase com DJs residentes e convidados mineiros. O pop fica a cargo da @bsurda, maior festa LGBTQIA+ de Minas Gerais, que comemora 15 anos em 2024.

 

Destaque do espaço para o show da cantora e compositora Paige, uma das jovens promessas do pop nacional. Dona de uma voz doce e marcante, faz canções que transitam entre o R&B, o pop e o hip-hop, tem composições autorais que expressam, de forma autêntica, suas vivências e seus afetos. Ainda no local, a Secretaria Municipal de Saúde terá a “Tenda da Prevenção Combinada – a Experiência do Prazer Consciente”.

 

Percurso

Atividades diversas ocupam o Percurso da Virada Cultural na Praça Sete. A AfroVelozes realiza uma corrida de inclusão social e representatividade para pessoas pretas e negras. Kiandewame Samba idealizou a instalação “Mutuê”, um projeto fotográfico sobre a cultura Afro-Bantu-Diaspórica na perspectiva do sagrado dos povos originários da África Negra.

 

Para incentivar o comércio consciente, a Perifeira impulsiona empreendimentos periféricos de jovens artistas na cidade e terá produtos autorais e artesanais. Já a Feira ÉBANO divulga e comercializa o trabalho de afroempreendedores mineiros e brasileiros. E o Mercado Negro é uma proposta que reúne expositores cujos produtos e serviços colocam em evidência a arte, moda, cultura, beleza e culinária afro-brasileira.

Voluntários do Greenpeace de BH estarão no percurso com a tenda “Salve Amazônia”, com diversas orientações para quem deseja se engajar. Já o projeto Banho de Amor busca levar dignidade e autoestima a pessoas em situação de rua. A fim de animar o percurso, Estagiários Brass Band tem seu cortejo com fanfarra e sopros em vários estilos. Ainda no percurso, o Caneca Sincera preparou uma lista especial com combos, cafés especiais e criações exclusivas para o “Viradão do Café”.

 

VIADUTO SANTA TEREZA

 

Palco Viaduto

No tradicional “Palco Viaduto”, na Aarão Reis, tem espaço para rock, pop, funk e, claro, o hip-hop. Integra a programação MC Marechal, que foi parte do lendário grupo Quinto Andar e está na vanguarda do rap desde 1998. O BH Stone, um festival voltado para as bandas independentes da cena musical do rock de Belo Horizonte, realizou uma votação popular em sua última edição e as bandas mais votadas integram a programação da Virada: Tio Capone, Libetália, Grama Hero, Gypsy Tears, Tantum, Coiote e Payback. Já o Trio Ouvirá leva ao palco o mais puro rock dos anos 1960 e 1970.

A Batalha da P7, um evento de rap, símbolo de resistência, empoderamento e inclusão, também é atração. Ao dar voz e visibilidade à cultura hip-hop, inspira e fortalece a população periférica, mostrando que suas histórias e talentos são dignos de serem ouvidos. A Companhia de Teatro Toda Deseo volta à Virada Cultural com o “Campeonato Interdrag de Gaymada”, intervenção urbana que propõe um espaço de convivência entre diferentes corpos, a partir do tradicional jogo de queimada.

 

SKATE, ROLIMÃ E BIKE

 

Pela primeira vez, o skate terá espaço na Virada Cultural por meio de duas ações. A Skateata, realizada pelo Movimento Unificado Pró Skate BH, seguirá uma rota saindo da Praça sete em direção à Praça Raul Soares e, a cada pico, um best trick com premiação. Já o “Skate Fighter”, é o mais recente projeto da Família de Rua, que convida a comunidade do skate para um novo desafio de manobras. Os Carrinhos de Rolimã têm lugar cativo na Avenida Assis Chateaubriand e, desta vez, será em parceria com o Amigos do Rolimã. E para os fãs da bike, o Tweed Ride BH promove um encantador passeio ciclístico, celebrando a arquitetura e o patrimônio cultural da Praça Raul Soares.

 

VIRADA SOCIAL E SUSTENTÁVEL

 

Importantes eixos do evento serão mantidos em 2024, como a acessibilidade, que será ampliada; a Virada Social, com projetos como a Sopa de Pedra, que presta assistência a pessoas em situação de rua; e a Virada Sustentável, com ações de conscientização e preservação do meio-ambiente em uma ação inédita na Virada Cultural. Trata-se do Recicla Belô, projeto idealizado pela SLU em parceria com a Secretaria e Fundação Municipal de Cultura. Este projeto promove a inclusão de catadores autônomos em eventos de rua. Serão 50 catadores que realizarão a coleta de recicláveis durante as mais de 24h de atividades culturais na área central de BH com a instalação de uma Central de Reciclagem que será operada pela cooperativa Coopesol Leste. O Projeto conta com o apoio do público para separação e entrega de materiais aos catadores que estarão uniformizados com camiseta rosa. A estimativa é recolher em torno de dois mil quilos de materiais plásticos e latinhas, com pagamento pela prestação de serviços aos catadores. Experiência semelhante ocorreu durante o carnaval e demarcou a importância de inclusão dos catadores em grandes eventos de rua em Belo Horizonte.

VIRADÃO GASTRONÔMICO

 

Em reconhecimento ao valor cultural da gastronomia mineira, a Virada Cultural traz, pela terceira vez, o Viradão Gastronômico. Com curadoria da jornalista gastronômica Lorena Martins, um roteiro foi pensado para valorizar estabelecimentos do centro da cidade que estejam na rota do evento. São 29 bares e restaurantes, com preço máximo de R$20, e diferentes possibilidades de refeições. Entre eles: Bar Pirex, Café Bahia, Bit’s Lanches, Botelha, Bar Del Ruim, Parque Central Gastrobar e Montê Bar.

NÚMEROS DA VIRADA

+ 230 atrações

+ 1000 artistas

+ 2000 profissionais envolvidos

15 espaços públicos e privados utilizados

30 parcerias estabelecidas, com instituições e culturais e coletivos

15 Órgãos e Secretarias municipais.

29 Bares e Restaurantes / Viradão Gastronômico

400 profissionais de Segurança Pública, Brigadistas e SLU

SERVIÇO

9ª edição da Virada Cultural de Belo Horizonte – 2024

Dia 24 e 25 de agosto

Horário: 18h às 19h (+ de 24 horas)

Programação em: http://portalbelohorizonte.com.br/viradacultural

Leo Junior

Bacharel em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário UNA, graduado em Marketing pela Unopar e pós graduado em Marketing e Negócios Locais e com MBA em Marketing Estratégico Digital, é um apaixonado por futebol e comunicação além de ser Jornalista certificado pelo Ministério do Trabalho.

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