RETROCESSO: ATLÉTICO, AFOGADO(S) DUAS VEZES

Desde o dia 26 de fevereiro de 2020, no qual o Afogados e Atlético-MG ficaram no empate em 2 a 2, no tempo normal e perdeu nos penaltis, no estádio Vianão, no Sertão de Pernambuco, pela segunda fase da Copa do Brasil, o Galo assumiu outro patamar e um pacto de que aquilo nunca mais ocorreria, mas 5 anos se passaram, e o Galo parece ruma para caminhos sombrios novamente, mas tem solução.

Em 2020 o Atlético começou a construir seu estádio em abril, vendeu 50,1% do Diamond Mall por 300 milhões de reais, teve um aporte financeiro de 200 milhões de Rubens Menin, no qual contratou um técnico de peso, Sampaoli e outras para o time tomar outra cara, e com a pandemia no auge, foi campeão mineiro em agosto contra a Tombense, e viu por 3 pontos não ser campeão brasileiro, ficando na 3°colocação. (Mas o campeonato era mesmo do Inter que não levou também).

Em 2021 é o Ápice de toda história do Clube Atlético e seus 113 anos à época. Mais  do seu investidor Menin, contratação das peças de peso que faltava no ano anterior, um grande elenco e um técnico vitorioso com o Galo – Cuca. Resultado, Campeão mineiro, Campeão Brasileiro, campeão da Copa do Brasil (Tríplice Coroa), eliminado nas semifinais da Libertadores de forma invicta e com gol classificatório melhor time do brasil e o cenário que dias como aqueles iriam se repetir mais vezes posteriormente. (Menin compra Rádio Itatiaia por R$ 122 milhões)

Em 22, o Atlético mantém o time, vence a Supercopa contra o Flamengo, o Campeão Mineiro novamente, mas já vai aparecendo coisas suspeitas mas ainda impterceptiveis a olho nu, como a venda de Savinho por apenas 6,5M  de euros (33,5M de reais á época) e bônus ilusórios. Perda de qualidade extrema no seu elenco com vendas boas e péssimas. Alonso, Nathan, Hyoran vão embora (boa) Savarino sai pelas portas dos fundos por 12M de reais (péssima). Fabio Gomes? Godin?(horríveis) Pavon, Ademir e outros, e assim o Atlético vai perdendo suas valências. Eliminado nas quartas na Copa do Brasil e Libertadores para Flamengo e Palmeiras respectivamente, 7° lugar no Brasileirão.

No fim do ano e no início de 2023, com as contas em déficit por não ganhar nada, o Atlético vê a SAF como solução de seus problemas, com a defesa de um futuro belo para o Galo. 24,95% do Shopping vendido em fevereiro de 2023 por R$170 milhões, e mais 24,95% por R$170 milhões vendido em maio de 2023 para pagamento de dívidas. O Atlético esfria a investida de Peter Grieve, empresário norte-americano, e recusa o Grupo City pelo aporte de R$1 bilhão. (Tudo em detrimento dos 4R’s).

Com mais acertos que erros em 2020, 2021 e 2022, Rodrigo Caetano, diretor do Atlético, começa a fazer contratos mirabolantes e a destruição do time campeão seguia a todo vapor em 2023, com mais saídas e reposições abissal ao nível dos jogadores que saíram. Deixaram o clube Nacho, Keno, Sasha, Rafael, Allan, Jair, Calebe, Ademir, Nathan Silva, Dodô e outros pra chegadas de Paulinho (1,1M), Bruno Fuchs(600 mil), Edenilson(700 mil), Igor Gomes(400 mil), Jemerson(450 mil), Patrick(600 mil), Mauricio Lemos(350 mil), Renzo Saravia(300 mil) e Rodrigo Battaglia(500 mil). Ainda ficaram Vargas(800 mil), Otávio(900 mil), Pavon(1,1M), Pedrinho(800 mil), Kardec(400 mil) e outros com salários astronômicos para pouco futebol em um clube que estava com discurso de sanear financeira a instituição. 

No dia 20/07 o Atlético-MG vira SAF com aprovação do Conselho, venda de 75% da SAF por R$ 913 milhões para a Galo Holding, liderada pelos 4 R’s. O grupo dos quatro investidores, que atualmente já participa da administração do clube, propôs um aporte de R$ 600 milhões, além de amortizar 100% dos empréstimos realizados pela família Menin e Ricardo Guimarães (no total de R$ 313 milhões), além de repasse da dívida total da associação (R$ 1,8 bilhão) para a SAF quitar. O Centro de Treinamento e a Arena MRV serão transferidos para a SAF. O patrimônio do Clube foi avaliado em 2,1 bilhões de reais

Com isso, o Atlético é pela 3° vez seguida eliminado pelo Palmeiras nas oitavas da Libertadores, cai nas quartas pro Corinthians na Copa do Brasil e consegue uma arrancada para ficar em 3° lugar no Brasileirão.

Em 2024 a expectativa aumenta, pois precisa ser competitivo novamente, mas as coisas ainda não se acertam, pois Rodrigo Caetano no início do ano sai para ir pra CBF, com isso Victor vira o diretor. Como sua última cartada, trouxe Scarpa sem custo, comprou Palácios (15M) mas recusou o retorno de Savarino (foi pro Botafogo por 13M) e Marcos Rocha (renovou com Palmeiras) e não quis fazer proposta pelo atleticano Bruno Henrique. Isso e outras grandes oportunidades de mercado perdidas. Além disso renovou com Pedrinho, Vargas e Mariano. Cadê a austeridade?

Victor assume, e vai saneando o Galo com as idas de Pavon, Edenilson, Jemerson, Patrick, Pedrinho e vindas de Robert e Bernard que pouco ajudaram, Junior Alonso, Fausto Vera, Lyanco, Deyverson titulares de julho até o fim do ano. Com elenco enxuto o Atlético desiste do larga o brasileiro e mira as Copas. Vice pro Flamengo jogando o primeiro jogo de forma sonolenta e apática, e perde pro Botafogo na Libertadores de forma vexatória na final única mais importante da Libertadores. Por fim ainda luta na ultima rodada para não cair diante do xará paranaense (que caiu). 

Um fim melancólico para um clube que poderia estar vivendo outro momento em sua histórias, mas por ser guiado por quem não entende nada de futebol, por ego e poder, o Atlético segue um caminho turvo. Porque o Atlético não aderiu ao regime de recuperação judicial? Cadê o dinheiro do Shopping que iria salvar a dívida onerosa do clube?

A Sports Value divulgou a 5ª edição do estudo de avaliação econômica dos clubes brasileiros, sendo o Atlético o 4° clube mais valioso do Brasil, valendo cerca de 3,4 BILHÕES. Porque foi comprado por R$913 milhões? 2025 vem ai e o Galo segue a deriva para ver se com sorte, volte a sonhar com o que foi prometido e não foi cumprido.