Primeira edição do Festival Colisão apresenta em Diamantina o espetáculo “SOLO”, de Anselmo Bandeira
Nos dias 12 e 13 de setembro, no Teatro Santa Izabel, com entrada franca Monólogo do artista belo-horizontino abre a programação do evento, que surge com a proposta de promover o intercâmbio cultural entre artistas e grupos de diversas cidades.
O ator, diretor e produtor mineiro Anselmo Bandeira apresenta na cidade de Diamantina (MG) o monólogo “Solo”. O texto, escrito pelo próprio ator, com colaboração dramatúrgica da italiana Anita Mosca, reflete sobre a solidão no mundo contemporâneo e a urgência em falar sobre o tema. O espetáculo abre a programação da 1ª edição do Festival Colisão, que terá início em Diamantina, entre os dias 11, 12 e 13 setembro, e seguirá por outras cidades. O evento nasce com o propósito de ser um intercâmbio cultural para a prática e a troca de experiências artísticas entre os artistas das cidades participantes, por meio de ações formativas e da apresentação de espetáculos.
“Solo” fará duas apresentações no Festival Colisão, nos dias 12 e 13 de setembro, quinta e sexta, às 19h, no Teatro Santa Izabel. A sessão do dia 12 terá tradução em libras e audiodescrição, e após a apresentação acontecerá um bate-papo com o artista. Os ingressos são gratuitos, com retirada nos dias das apresentações, a partir das 9h da manhã, na bilheteria do teatro.
O projeto possui APOIO INSTITUCIONAL do Governo Federal e do Governo do Estado de Minas Gerais via Lei Paulo Gustavo – Edital LPG 09/2023.
“Solo”, de Anselmo Bandeira
A proposta central do espetáculo é refletir sobre a solidão no mundo contemporâneo. No monólogo, o artista investiga a solidão no mundo contemporâneo e como lidar com essa condição cada vez mais presente nas vidas que correm no século XXI. Atravessando diferentes atmosferas, revelando facetas do estar solo: as cruéis, quando são impostas e as libertadoras, quando procuradas. “Falar sobre solidão é urgente na nossa sociedade. ‘Solo’ traz à tona questões casuais e polêmicas que circundam aspectos íntimos e subjetivos dos indivíduos quando estão ou se sentem sozinhos”, diz Anselmo Bandeira, que completa: “falar sobre solidão é uma urgência da nossa sociedade, e precisa ser apontada nas escolas, teatros, cinemas, jornais, documentários, bem como nas salas de terapia”.
“Solo” é um projeto iniciado em 2015 e conta com a colaboração cênica e dramatúrgica da italiana Anita Mosca. A artista possui 25 anos de experiência em palcos de diversos países, atuando como atriz, diretora e dramaturga. As técnicas de improvisação com imagens, palavras, gestos e movimentos são complementares aos materiais textuais que compõem uma estrutura sensível e inovadora. Anita destaca que “solo” em português e em italiano significa sozinho, mas pode significar, na linguagem teatral, um trabalho com um único ator ou atriz. “A partir dessa proposta do título, encontramos uma intenção comum e tentamos provocar um ao outro sobre a solidão, que pode ser escolhida, procurada ou imposta. E também como se vive essa condição e como a solidão muda a sua cor e a sua consistência”, conta.
Festival Colisão
O ponto de partida do Colisão é promover o atravessamento para criar um espaço de reconhecimento, compartilhamento, investigação e oportunidades, por meio da seleção de um território intercambista que vai ao encontro de outros territórios. O lançamento do festival acontece em Diamantina, nos dias 11, 12 e 13 de setembro, mas outras cidades (ainda a serem selecionadas) também receberão a primeira edição do evento, cumprindo a proposta de ser um momento de intercâmbio cultural, que estimula a prática e a troca de experiências artísticas entre territórios. Em cada localidade, serão realizadas ações formativas e de experimentação entre as cidades, os artistas e o público, como workshops, bate-papos, visitas a pontos de cultura e intercâmbio artístico, além de apresentações de espetáculos das cidades participantes.
A cidade de Belo Horizonte foi selecionada como território intercambista para o lançamento do Festival Colisão, em Diamantina, com o trabalho “Solo” de Anselmo Bandeira. “O espetáculo ‘Solo’ nasce das minhas inquietações sobre o ‘estar sozinho’ no mundo contemporâneo. Saber que este trabalho abre um projeto que propõe o oposto, o encontro, é muito bonito, além de provocar muitas reflexões. E estou curioso para conhecer um pouco sobre Diamantina, sobre a sua vocação artística e cultural, para além da sua história, sem descartá-la”, diz Anselmo Bandeira.
O Festival Colisão busca valorizar a economia local ao priorizar os recursos de serviços, produtos, turísticos e técnicos-artísticos da região que o recebe. A troca proposta se dá em vários níveis: artístico, cultural, social e econômico. O objetivo é impactar mutuamente os territórios envolvidos por meio da prática, apresentação e reflexão da produção artística de cada localidade. Anselmo Bandeira destaca a importância de promover o intercâmbio cultural entre os territórios, trocar experiências, fazer circular as produções para que mais pessoas tenham acesso. “Além de democratizar o acesso à arte, isso movimenta a cadeia produtiva da cultura nas cidades. Espero que “Solo” possa ir ao encontro de novos territórios e que o Festival Colisão, que está dando seus primeiros passos, se estruture e consiga cumprir essa missão.”
Anselmo Bandeira
Iniciou seu trabalho e pesquisa como ator em 2006. Estreou como produtor em 2012 e como diretor em 2015. Já apresentou espetáculos em Belo Horizonte, Niterói e Ouro Preto. É graduado em Teatro pela Escola de Belas Artes da UFMG. Suas experiências artísticas atravessam obras, experiências e pesquisas de Zé Celso Martinez Corrêa, Elvécio Guimarães, Anderson Aníbal, Bya Braga, Mônica Alvarenga e com a Companhia Duplô (RJ), dirigida por Gabriela Linhares, da qual é colaborador e pesquisador.
Anita Mosca
Desde que iniciou sua carreira como atriz em 1993 e como diretora e dramaturga em 2004, desenvolveu vários trabalhos profissionais, acumulando premiações e experiência internacional. Já apresentou seus espetáculos na Itália, Espanha, Suíça, Líbano, Jordânia, Cuba, Argentina e Brasil. Atualmente, é membro integrante do Grupo de Tradução de Teatro (GTT) vinculado ao CNPq, com sede na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (FALE-UFMG). Além de ser parceira do seu objeto de pesquisa Enzo Moscato e sua companhia teatral na Itália.
Ficha Técnica:
Direção e atuação: Anselmo Bandeira . Colaborações artístico-cênicas: Anita Mosca e Carol Cândido . Colaboração dramatúrgica: Anita Mosca . Iluminação e operação visual: Gabriel Corrêa . Trilha Sonora: Anselmo Bandeira e Gabriel Ventura . Composição e Violão: Gabriel Ventura . Música Eletrônica: João Gabriel Morais Passos (DJ Bill) . Operação Musical: Camila Félix . Figurino: Thiago Helmer
Agradecimentos: Isabela Arvelos, Gutto Alves, Ana Alvarenga, Ernani Maletta, Ana Prado, Claudete Bandeira e Maria José do Prado e Thiago Helmer.
SERVIÇO
ESPETÁCULO “SOLO”
Dias 12 e 13 de setembro, quinta e sexta, às 19h
Teatro Santa Izabel (Praça Dom Joaquim, 166 – Diamantina/MG)
Classificação: 16 anos
Ingressos gratuitos: retirada nos dias das apresentações, a partir das 9h da manhã, na bilheteria do teatro.
Acessibilidade: libras e audiodescrição na apresentação do dia 12.
Bate Papo após a apresentação do espetáculo do dia 12, com tradução em libras e audiodescrição.
PROGRAMAÇÃO FESTIVAL COLISÃO
Dia 11 de setembro
Visita guiada pela Cia. Reconto pelos pontos de cultura de Diamantina
Dia 12 de setembro
19h – apresentação do espetáculo “Solo” + bate-papo com o artista
(Teatro Santa Izabel)
Dia 13 de setembro
17h – Workshop “Por de trás da criação do “Solo”
(Teatro Santa Izabel)
Inscrições pelo formulário online
17h – apresentação do espetáculo “Quem Conta um Conto, Aumenta um Ponto”,
da. Cia. Reconto
(Espaço Mestre Ambrosina do Teatro Santa Izabel)
19h – apresentação do espetáculo “Solo”
(Teatro Santa Izabel)