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Operação Sonia Silk – 10 anos
Cinema do Centro Cultural Unimed-BH Minas exibem os filmes da mostra
O Cinema do Centro Cultural Unimed-BH Minas apresenta a mostra Operação Sonia Silk 10 Anos, que exibirá, nos dias 1º de dezembro, na Sala 1, às 18h30 e 20h30, os filmes “O Rio nos pertence” e o “Uivo da gaita” (que será comentado pelos diretores Bruno Safadi e Ricardo Pretti), e no dia 2 de dezembro, na Sala 2, às 16h, o filme “O fim de uma era”. O diretor Bruno Safadi afirma que “exibir a Operação Sonia Silk dez anos depois em Minas Gerais é criar marcos de tradição e memória em torno de uma geração que produziu cinema independente no Brasil nos anos 2010 e que levou estes filmes para representarem a produção nacional em muitas telas de prestígio internacional”. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados na bilheteria do Cinema uma hora antes da exibição. |
A inspiração para a Operação Sonia Silk foi a Belair Filmes, uma produtora criada pelos cineastas Júlio Bressane e Rogério Sganzerla, que realizaram filmes entre fevereiro e maio de 1970. O cenário para os filmes da Belair era a cidade do Rio de Janeiro e foi nessas películas que a favela foi filmada com a técnica cinemascope, uma tecnologia de filmagem e projeção criada pelo presidente da Twentieth Century Fox, em 1953. Por filmar temas reais e mostrar a verdade nas telas, logo a ditadura militar, que foi regime no país entre 1964 e 1985, passou a perseguir a produtora, e Bressane e Sganzerla foram convidados a sair do país. |
Sobre Operação Sonia Silk Há dez anos, novos cineastas brasileiros independentes criaram o projeto Operação Sonia Silk composto por três filmes, “O Rio nos pertence”, “O uivo da gaita” e “O fim de uma era”. As películas, produzidas por Bruno Safadi, Ricardo Pretti, Leandra Leal, Mariana Ximenes e Rita Toledo, reverenciam e seguem os moldes das películas criadas pela Belair Filmes, de Júlio Bressane e Rogério Sganzerla. “A Operação Sonia Silk foi uma pequena utopia, uma zona temporária de autonomia criativa que até hoje nos serve de farol e inspiração nos impedindo de naufragar”, atesta o cineasta Ricardo Pretti A trilogia tem como protagonistas Mariana Ximenes, Leandra Leal e Jiddu Pinheiro. A direção de Arte e Figurino é da mineira Luísa Horta, a montagem do radicado em Minas Gerais Luiz Pretti, a direção de Fotografia é de Lucas Barbi e a assistência de Direção de Aline X. “A equipe da Operação Sonia Silk reuniu toda uma geração de diversos cantos do Brasil que fazia parte do cinema brasileiro da época. Eram profissionais do Pará, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, que se uniram para fazer três filmes de longa-metragem em apenas doze dias de filmagem”, lembra o cineasta Bruno Safadi. Ricardo Pretti observa e ressalta a inovação que a Operação Sonia Silk é para o cinema nacional. “Os filmes da Operação Sonia Silk são evidências de que com pouco se faz muito. O fazer cinema não precisa ser refém de apenas um modo de produção, ao contrário, sua saúde e longevidade dependem da diversidade de procedimentos e estratégias de realização não-convencionais”, diz Pretti. “É papel fundamental de uma sala de cinema criar situações para que filmes sejam vistos, revistos e ressignificados. Foi seguindo esta lógica que resolvemos exibir a trilogia Operação Sonia Silk”, diz Samuel Marotta, coordenador e programador da Salas de Cinema do Centro Cultural Unimed-BH Minas. Ele também entende que a veiculação desses filmes é um reconhecimento do cinema nacional. “Penso a exibição da trilogia não apenas como uma celebração pelos 10 anos de lançamento, mas uma possibilidade para se discutir questões como o lugar da produção do cinema brasileiro, a trajetória dos diretores, e, sobretudo, os filmes em si, que são incríveis e suscitam outras inúmeras discussões”, afirma o programador. Safadi completa afirmando que exibir a trilogia “é também criar acesso às novas gerações ao que foi realizado há não muito tempo na cidade de Belo Horizonte”, atesta. Mas quem é Sonia Silk? Interpretada pela atriz Helena Ignez, Sonia Silk é a personagem central do filme “Copacabana Mon Amour”, de 1970. Sonia é uma prostituta que deseja ser cantora da Rádio Nacional. Além disso, ela é uma mulher sensitiva que vê espíritos baixarem em pessoas e objetos. A direção de “Copacabana Mon Amour” é de Rogério Sganzerla, e a trilha sonora do filme é de Gilberto Gil. Confira a programação: |
1º/12 – Sexta-feira Sala 1 18h30 – O Rio nos pertence I Ricardo Pretti, Brasil 1h15, 2013Classificação: 12 anos Depois de receber um estranho cartão-postal, Marina, uma jovem de 30 anos, decide voltar ao Rio de Janeiro, sua cidade natal, depois de uma ausência de 10 anos. Marina não sabe exatamente por que voltou: busca respostas para acontecimentos estranhos, mas tudo aparenta ser cada vez mais confuso. O Rio de Janeiro parece estar sob um misterioso feitiço. |
1º/12 – Sexta-feira Sala 1 20h30 – O uivo da gaita I Bruno Safadi, Brasil, 1h12, 2013 Sessão comentada pelos diretores Bruno Safadi e Ricardo Pretti Classificação: 14 anos Uma história de amor entre Antonia, Luana e Pedro. O Porto do Rio de Janeiro, a famosa Casa das Canoas de Oscar Niemeyer e uma paradisíaca praia em Niterói com vista exuberante para a cidade do Rio de Janeiro, são as locações onde os personagens vão flanar e viver seus desejos contemporâneos. |
2/12 – Sábado Sala 2 16h – O fim de uma era I Ricardo Pretti e Bruno Safadi, Brasil, 1h13, 2013 Classificação: 12 anos Eles viveram, atuaram, amaram. Hoje lembram, revivem, transvivem no cinema e na vida. |
Ingressos: gratuitos com retirada uma hora antes da sessão Bilheteria aberta todos os dias, das 10h até 30 minutos após o início da última sessão. Estacionamento com acesso interno: entrada pela rua da Bahia, ao lado do Teatro. Após estacionar o veículo, o usuário chega ao Cinema por elevador interno, com rapidez e segurança. |
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