Saúde

Menstruação irregular: quando é sinal de alerta e como a medicina pode ajudar

A menstruação irregular é uma queixa comum entre mulheres em diferentes fases da vida, mas nem sempre recebe a devida atenção. Alterações no ciclo podem estar ligadas a fatores transitórios, como estresse e mudanças hormonais, ou indicar doenças que exigem acompanhamento especializado.

Segundo o cirurgião ginecológico Dr. Luis Otávio Manes, com especialização em cirurgia ginecológica minimamente invasiva pelo American Institute of Telesurgery – IRCAD América Latina, a regularidade do ciclo menstrual é um dos principais indicadores da saúde reprodutiva e metabólica da mulher. “Um ciclo considerado normal varia entre 24 e 38 dias. Quando há atrasos frequentes, sangramentos fora de época ou ausência prolongada da menstruação, é importante investigar a causa”, afirma.

Causas mais comuns

De acordo com o especialista, as causas podem ir desde fatores simples até condições mais complexas:
• Estresse e alterações emocionais: influenciam diretamente na produção hormonal.
• Síndrome dos ovários policísticos (SOP): afeta a ovulação e é uma das principais responsáveis por ciclos irregulares.
• Doenças da tireoide: tanto o hipertireoidismo quanto o hipotireoidismo impactam o ciclo.
• Endometriose e miomas: doenças ginecológicas que podem alterar o padrão do sangramento.
• Adenomiose: condição em que o tecido endometrial cresce dentro do músculo uterino, provocando sangramentos irregulares e cólicas intensas.
• Uso inadequado de anticoncepcionais ou implantes hormonais.

Impacto na saúde

Além do desconforto e da imprevisibilidade, ciclos desregulados podem trazer consequências mais sérias. “A menstruação irregular pode dificultar a gravidez, mascarar doenças e até aumentar o risco de câncer endometrial quando há ausência prolongada da ovulação”, alerta Dr. Luis Otávio, que também é pós-graduado em laparoscopia ginecológica e habilitado em implantes hormonais.

Diagnóstico e tratamento

O primeiro passo é a investigação detalhada, que inclui exame clínico, exames de imagem como ultrassonografia e/ou ressonância, além de exames laboratoriais. O tratamento depende da causa: pode envolver ajustes de estilo de vida, medicamentos reguladores do ciclo ou, em casos específicos, intervenções cirúrgicas minimamente invasivas. “O mais importante é não normalizar o problema. Cada mulher deve conhecer o seu corpo e procurar ajuda quando perceber mudanças persistentes”, reforça o médico.

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