Cultura

Juiz federal George Marmelstein presta homenagem a Luís Fernando Veríssimo em crônica emocionante

Na última sexta-feira, 30 de agosto, o Brasil perdeu um de seus maiores cronistas: Luís Fernando Veríssimo, que faleceu aos 88 anos. Para marcar essa despedida, o juiz federal e escritor George Marmelstein publicou a crônica “O Último Café”, um texto que mistura sensibilidade, memória e reflexão sobre a genialidade de Veríssimo.

Na narrativa, Marmelstein parte de uma cena cotidiana em uma padaria para refletir sobre a notícia da morte do escritor. O texto fala sobre a sensação de imortalidade que cercava Veríssimo não no sentido literal, mas no impacto duradouro de suas crônicas, que conseguiam transformar pequenas tragédias diárias em situações engraçadas e suportáveis.

Com comparações sutis entre a inteligência artificial e a escrita humana, o autor ressalta que as máquinas podem até reproduzir a estrutura de um texto, mas jamais compreenderão as nuances da vida que Veríssimo captava com humor e delicadeza.

“Luis Fernando Veríssimo morreu hoje de madrugada. As máquinas vão continuar tentando escrever como ele. Vão acertar as palavras, a estrutura, até o timing dos finais surpreendentes. Mas nunca vão entender o cheiro do café”, escreveu Marmelstein em seu tributo.

A crônica tem repercutido como um registro emocionante sobre a perda de um dos maiores nomes da literatura brasileira e, ao mesmo tempo, como uma celebração daquilo que torna a escrita humana insubstituível: a experiência vivida e sentida.

(Fotos : arquivo pessoal)

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