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Inês Peixoto volta aos palcos com o espetáculo “Órfãs de Dinheiro”, peça que lhe garantiu o Prêmio APCA de Melhor Atriz em 2022. Curta temporada no Teatro da Cidade, de 10 a 12 de maio, às 20h. 

Curta temporada no Teatro da Cidade integra o projeto No Palco Cidade.

Vencedora do Prêmio APCA 2022 de melhor atriz de teatro, por Órfãs de DinheiroInês Peixoto está de volta com o espetáculo, monólogo escrito e encenado por ela. No palco, Inês, que integra o Grupo Galpão, dá vida a três mulheres em situações diferentes de vulnerabilidade, decorrentes da impossibilidade de autossustentação. Com direção de Eduardo Moreira e trilha sonora original criada por Tiago Pereira, filho da atriz, o espetáculo cumpre curta temporada dias 10, 11 e 12 de maio (sexta a domingo), sempre às 20h, no Teatro da Cidade, dentro do projeto No Palco Cidade.

Os ingressos custam R$ 60 (inteira), R$ 30 (meia) e R$ 25 (lista amiga). Podem ser adquiridos pelo site https://www.sympla.com.br/orfasdedinheiro. Para acesso à lista amiga, deve ser usado o link: https://www.sympla.com.br/evento/no-palco-cidade-orfas-de-dinheiro/2368947

No dia 10 de maio (sexta), o espetáculo terá interpretação em Libras.  E no dia 11 de maio (sábado), após o espetáculo, haverá uma roda de conversa com Inês Peixoto sobre o processo de criação da obra.

O espetáculo surgiu do desejo de Inês de levar ao teatro assuntos da atualidade que a sensibilizam. “A obra é uma reflexão sobre coisas do mundo que me atravessam como mulher. As três personagens que interpreto, em contextos distintos, promovem o diálogo sobre como a dependência econômica ainda mantém mulheres reféns. É uma travessia que ainda acontece para todas nós”, destaca a atriz, que também assina concepção, texto e figurino do espetáculo.

No espaço cênico, uma canoa serve de palco, para que as personagens – uma mulher vendida à exploração sexual ainda criança; uma refugiada que luta pela própria sobrevivência e a de seu bebê; e uma empregada doméstica sonhadora – apresentem um pequeno recorte das tantas realidades de vulnerabilidade vividas por mulheres do Brasil e do mundo. “É uma reflexão de várias histórias que passaram por mim, coisas que eu li, vi, ouvi e me impactaram de alguma forma, pois me causaram incômodo”, conta a atriz.

Em registro tragicômico, os relatos das personagens convidam o público a refletir sobre a necessidade de emancipação econômica da mulher e a importância do direito à escolaridade como requisitos básicos à luta contra a desigualdade de gênero. “A falta de emancipação financeira dificulta demais a busca das mulheres pela independência, uma luta de todas nós, a despeito de raça, idade ou endereço”, afirma Inês.  De acordo com o diretor Eduardo Moreira, a peça “apresenta uma reflexão sobre o tema, mas no lugar da fantasia, o que é importante. Não é um trabalho conceitual, mas sensitivo, que vai direto ao coração. Neste momento em que vivemos, isso é fundamental”.

Inês Peixoto

Atriz, diretora, dramaturga e roteirista nasceu em Belo Horizonte em 1960. Ingressou no Teatro Universitário em 1979, migrando para o Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado (CEFAR) em 1981, onde se profissionalizou. Trabalhou em vários espetáculos de produtores locais na década de 1980, entre eles: “A Viagem do Barquinho”, direção Tião Camilo e Beto Lima, “Cigarras e Formigas”, direção Afonso Drumond, “Brasil, Mame-o ou Deixe-o”, direção Luiz Carlos Moreira, “Quando Fui Morto em Cuba”, direção Belisário Barros e “Foi bom, meu bem?”, direção Luiz Carlos Moreira.

Participou da comédia musical “No Cais do Corpo”, direção Ricardo Batista, trabalho que uniu o grupo de atores e músicos, que formaria “Veludo Cotelê”, a maior banda de rock-brega do mundo. Paralelamente, produziu e atuou em “Casablanca, meu Amor”, direção Yara de Novaes. Em 1992, depois de participar de uma série de workshops promovidos pelo Grupo Galpão, foi convidada para a montagem de “Romeu e Julieta”, direção Gabriel Villela.

Desde então, tornou-se integrante do grupo, participando das montagens seguintes: “A Rua da Amargura”, direção Gabriel Villela; “Um Molière Imaginário”, direção Eduardo Moreira; “Partido”, direção Cacá Carvalho; “Um Trem Chamado Desejo”, direção Chico Pelúcio; “O Inspetor Geral” e “Um Homem é um Homem”, ambos dirigidos por Paulo José; “Pequenos Milagres”, direção Paulo de Moraes; “Till, a saga de um herói torto”, direção Júlio Maciel; “Eclipse”, direção Jurij Alschitz e “Os Gigantes da Montanha”, direção Gabriel Villela; “Outros”, direção Márcio Abreu, “Órfãs de dinheiro”, direção Eduardo Moreira.

No cinema, participou de “Vinho de Rosas” e “O Crime da Atriz”, de Elza Cataldo; “5 Frações de Uma Quase História”, de Criz Azzi; “Outono”, de Pablo Lobato; “Tricoteios”, de Eduardo Moreira, Rodolfo Magalhães e Criz Zago; “Os Filmes que Eu Não Fiz”, de Gilberto Scarpa; “Revertere ad Locum Tum”, de Armando Mendz; “Oxianureto de Mercúrio”, de André Carrera; “Moscou”, de Eduardo Coutinho; “Meu pé de Laranja-Lima”, de Marcos Bernstein; “Entre Vales”, de Felipe Barcinski; “Quase Memória”, de Ruy Guerra; “Redemoinho”, de José Luiz Villamarin , “Todas as Tardes” de Diogo Cronemberg, “As Duas Irenes”, de Fábio Meira, “O Lodo”de Helvécio Ratton”, “Órfãs da Rainha” de Elza Cataldo.

Dirigiu em parceria com Rodolfo Magalhães o média-metragem “Para Tchékhov”. Montou o documentário “Portunhol”. Dirigiu e roteirizou o curta-metragem Apagão. No teatro dirigiu os espetáculos “Vexame”, “Arande Gróvore”, “Doida”, “Bumm”, “Boa noite, Cinderela” “Tempo de Águas” e “Cidades dos Sonhos”. É bacharela em Cinema e Audiovisual pelo Centro Universitário Una, em Belo Horizonte. Na televisão participou do especial “A Paixão Segundo Ouro Preto”, de Rogério Gomes e Cininha de Paula; das minisséries “Hoje é Dia de Maria” e “Hoje é Dia de MariaSegunda Jornada”, de Luiz Fernando Carvalho; “A Cura”, de Ricardo Waddington; “A Teia”, de Rogério Gomes; Novelas: “Meu Pedacinho de Chão”, de Luiz Fernando Carvalho e “Além do Tempo” de Rogério Gomes, “O Sétimo Guardião”, de Rogério Gomes, “Sob Pressão”, de Andrucha Waddginton. Já foi agraciada com 20 prêmios por sua atuação em teatro e três prêmios por sua atuação em cinema, entre eles APCA 2022 de Melhor Atriz, com Órfãs de Dinheiro.

ÓRFÃS DE DINHEIRO

Ficha técnica

Concepção, texto, figurino, atuação – Inês Peixoto

Direção – Eduardo Moreira

Desenho de luz – Rodrigo Marçal

Projeto e construção da canoa – Taísa Campos

Trilha original, vídeos e programação visual – Tiago Pereira

Design sonoro – Vinícius Alves

Preparação vocal e assessoria de direção de texto – Babaya

Assessoria de Imprensa  – Polliane Eliziário – Personal Press

Produção – Beatriz Radicchi

Ficha técnica do “No Palco Cidade”

Curadoria: Guilherme Colina e Pedro Paulo Cava

Direção Executiva: Tatiane Reis

Direção Artística: Guilherme Colina

Produção: Gabi Vidigal

Técnica e Iluminação: Felipe Tristão e Igor Silva 

Assessoria de Comunicação: Cinara Patrícia

Arte e Designer gráfico: Carolina Cândido

Gestão financeira: Luciana Boaventura

Apoio: Margareth Araújo e Juarez Rodrigues

Interpretação em libras: Comunicare Libras

Realização: Teatro da Cidade e Teatro de Pesquisa

@orfasdedinheiro

@teatrodacidadebh

@grupoconfesso

Paulo Gomes

Jornalista certificado pelo Ministério do Trabalho | Repórter | Cronista Esportivo | Profissional do Direito | correspondente Bancário.

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