Festival GIRA promove tambores eletrônicos e ancestralidade africana no Galpão 54
Em sua 2ª edição, o festival fecha o Mês da Consciência Negra convidando o público a ativar a melanina por meio dos tambores eletrônicos. Entre as atrações estão Beagrime (BH), o GIRA REVELA com Tereza Kutaya (BH) e GN (Varginha), Derxan & BigBllakk (RJ), Banda de Palco do Bloco Afro Magia Negra (BH) e Vandal (SSA). Os ingressos estão disponíveis a partir de R$20
Na sexta-feira, dia 29 de novembro, o coração de Belo Horizonte, território da Pequena África de Belo Horizonte, pulsará ao ritmo do Festival GIRA – Tambores Eletrônicos, que chega à sua segunda edição com uma proposta única de conexão entre cultura, tecnologia e ancestralidade africana. O evento acontece no Galpão 54, na Lagoinha, que integra o território conhecido como a “Pequena África de Beagá”, símbolo de resistência e celebração das raízes afro-brasileiras. Na programação, estão previstos shows de novos nomes da cena mineira como Tereza Kutaya (BH) e GN (Varginha), além dos DJs e MCs da tradicional festa Beagrime, e feats de gigantes como os cariocas Derxan & BigBllakk, Banda do Bloco Magia Negra e o rapper baiano Vandal. Ingressos à venda no site GoFree a partir de 14/11, com valores de R$ 20 (meia) e R$ 40 (inteira) no primeiro lote. Mais informações @festivalgira.
Idealizado pelos artistas e produtores culturais Camilo Gan, Gabriela Gonçalves, Michela Oliveira e Filipe Thales Bernardo, o GIRA propõe uma fusão inovadora entre tambores ancestrais tradicionais e batidas eletrônicas do tempo atual. O objetivo é proporcionar uma experiência imersiva que reconecta o público com os Códigos Sonoros Rituais da Cultura Negra, das raízes africanas, promovendo uma atmosfera de liberdade, alegria e descolonização corpórea por meio da música e da dança.
Nesta edição dos Tambores Eletrônicos tem a curadoria de Filipe Thales Bernardo e o ritual designer de Camilo Gan. “A curadoria desta edição passa por dois eixos, a valorização da cena local, por isso o convite ao Bloco Afro Magia Negra, Tereza Kutaya e Beagrime e o fortalecimento dos laços com as outras Pequena África do Brasil, por isso a escolha dos artistas do Rio e Salvador, que perpassa pelo ineditismo de show em Belo Horizonte”, destaca Filipe.
O festival é um convite para que o público reflita sobre a ativação da melanina, e vivencie uma feijoada sonora. Mais do que um evento, o GIRA é um terreiro de brincadeira do presente futuro, um movimento de reafirmação da cultura negra periférica, unindo gerações e fomentando um diálogo entre o passado ancestral e o presente tecnológico.
Programação
A programação da noite é intensa. A festa começa com a Beagrime, coletivo de DJs e MCs de Belo Horizonte, que explora ritmos como Grime, Dubstep e Drum n Bass em uma releitura com a cara da periferia brasileira. A festa Beagrime, que desde 2019 movimenta a cena musical da capital mineira, irá garantir uma noite plural e diversa, com apresentações ao longo do evento, mantendo o público em alta energia.
Entre as atrações, a série “GIRA REVELA” valoriza novos talentos da música periférica e apresenta Tereza Kutaya e GN. Tereza Kutaya, artista multifacetada de Belo Horizonte, traz ao palco seu show “Encruzilhada”, uma experiência intensa que mescla batidas envolventes e letras reflexivas sobre identidade e transformação social. A apresentação conta com a participação do DJ A Coisa, artista da cena hip- hop de BH que acumula mais de quatro décadas de trajetória.
Já GN, vindo de Varginha, também promete encantar o público com uma performance autêntica e potente de rap, com gravações de 1 EP, 5 videoclipes e 12 músicas ao todo, lançadas em seu canal e nas plataformas digitais, que carregam um teor crítico e questionador dentro de temáticas como política, religião e divisão do trabalho, que tornam suas letras um discurso que unifica as demandas da juventude negra periférica.
O festival ainda conta com a presença de Derxan e BigBllakk, expoentes do Drill e Grime brasileiro, diretamente do Rio de Janeiro. Com letras fortes e impactantes que traduzem a realidade da juventude periférica carioca, os artistas já acumulam milhões de plays nas plataformas digitais, refletindo a força de sua mensagem e a crescente relevância na cena musical atual.
Outro momento esperado da noite será o encontro da Banda de Palco do Bloco Afro Magia Negra, de Belo Horizonte, com o rapper baiano Vandal. Conhecido por sua autenticidade e liberdade de expressão, Vandal é uma figura emblemática da música baiana contemporânea, com colaborações de peso com nomes como BaianaSystem e Djonga. Sua presença no palco é uma celebração da identidade negra e do poder transformador da música, levando o público a uma experiência catártica e inesquecível.
O Bloco Afro Magia Negra traz para a segunda edição do festival GIRA 2024, a estreia de um novo show que tem o mesmo nome do EP inédito contendo 5 músicas chamado de ELETRAMBOR. Eletro orgânicamente, produzido em máquinas manipuladoras de timbres sampleados, reproduzido majoritariamente por tambores eletrônicos, mantendo pitadas dos tambores de couro. O repertório traz narrativas 100% ocupadas por composições autorais, a banda aterriza, decola e estreia o seu novo projeto no palco do GIRA 2024, buscando reverberar a sua estética nutrida de códigos sonoros afroglobais, concebida e chamada por Camilo Gan fundador do bloco, de AIYÊ VISION.
Festival Gira
O Festival GIRA é uma possibilidade de repensar o que é música e como realmente a cultura negra é muito mais do que música. Concebido por Camilo Gan, Gabriela Gonçalves, Michela Oliveira e Filipe Thales Bernardo, o GIRA foca na ativação da melanina através da da vibração sonora, usando tambores de couro, sintéticos e eletrônicos. A proposta central é unir gerações e reafirmar as ressignificações da cultura negra afro diaspórica. A sua primeira edição, realizada em 2023, trouxe como destaque os tambores de couro.
Este evento conta com patrocínio da CEMIG por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais – CA2018.13607.0973. Apoio da Yiaminas e dos Pontos de Cultura Afrormigueiro e INECAP. A realização é do Bloco Afro Magia Negra, Viva Lagoinha, Infinito.Gal, Maracá e Governo do Estado de Minas Gerais.
Inclusão e acessibilidade
Toda a programação do Festival Gira contará com a tradução simultânea em libras, garantindo o acesso da comunidade surda às atrações artísticas. O evento também contará com uma “Lista T” para assegurar a entrada gratuita de pessoas Trans e Travestis que tiverem interesse em participar da festa. Para garantir os ingressos é preciso enviar um e-mail para contatofestivalgira@gmail.com informando o nome social ou retificado, número de RG ou CPF.
Serviço
Festival GIRA (2ª edição) – Tambores Eletrônicos
Data: Sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Horário: Abertura dos portões às 20h
Local: Galpão 54, Bairro Lagoinha, Belo Horizonte, MG
Ingressos: À venda no GoFree a partir de 14/11
1º Lote (de 14/11 a 20/11): R$ 20 (meia) e R$ 40 (inteira)
2º Lote (partir do dia 21/11): R$ 25 (meia) e R$ 50 (inteira)
Redes sociais: Instagram @festivalgira – https://instagram.com/festivalgira
Programação
20h – Abertura com Beagrime (BH)
21h – GIRA REVELA com Tereza Kutaya (BH)
21h30 – GIRA REVELA com GN (Varginha – MG)
22h – Beagrime (BH)
23h – Derxan & BigBllakk (RJ)
00h – Beagrime
1h – Banda de Palco do Bloco Afro Magia Negra (BH) + Vandal (SSA)
2h – Vandal
3h – Beagrime
4h – Encerramento