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Cooperativismo: ONU tem muitos motivos para dedicar o ano 2025 ao setor 

Cooperativas mineiras comemoram Dia Internacional com crescimento acima da média

Se houvesse um ranking de modelos de negócios que mais contribuem para o desenvolvimento econômico sustentável, a distribuição de renda e a prosperidade social, o cooperativismo certamente estaria no topo. Confirmando a força desse setor, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas, e pretende incentivar os 193 países-membros e os dois Estados observadores não membros a adotar medidas que fortaleçam o movimento cooperativista, por meio de iniciativas de abrangência nacional e internacional. Números que atestam um desempenho econômico-financeiro e social acima da média carimbam o protagonismo do segmento, celebrado globalmente no dia 6 de junho – Dia Internacional do Cooperativismo. “Temos um modelo de negócios que é ímpar no mundo, pois produzimos com eficiência, fortalecemos o mercado e ainda desempenhamos um papel crucial na inclusão econômica e social das comunidades”, comemora o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato.

            O Brasil tem 61,5 milhões de pessoas envolvidas direta e indiretamente com o cooperativismo, considerando as famílias de 20,5 milhões de cooperados. Em Minas Gerais, 47% da população está de certa forma ligada a um dos ramos cooperativistas – agropecuário, saúde, crédito, transporte, consumo, infraestrutura e trabalho e produção de bens e serviços –, se contabilizados três membros por família de cada cooperado. Ao todo, são 785 cooperativas e 3,2 milhões de cooperados, representando 12,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.

            Além disso, enquanto a economia mineira cresceu 3,1% em geração de riquezas em 2023 (segundo dados da Fundação João Pinheiro), as cooperativas expandiram em 9,5% sua movimentação financeira, em 15% seu número de cooperados e em 5,2% sua geração de empregos. “Somos uma alavanca para o desenvolvimento econômico de Minas, crescendo dois dígitos a cada ano e dobrando de tamanho a cada cinco anos. Além de promover a sustentabilidade, o modelo cooperativista é um excelente negócio”, afirma Scucato.

            O segmento emprega 57,4 mil pessoas no Estado, 93,7% nos ramos de agronegócio, saúde e crédito. Nos últimos cinco anos, a geração de postos de trabalho pelas cooperativas subiu 25,9%. Mas os motivos da ONU para lançar luz sobre o cooperativismo, como tem sido feito, vão muito além. Com ações concretas de voluntariado, responsabilidade social e ambiental, as cooperativas cuidam de fato das pessoas que estão em seu entorno. Um bom exemplo disso é dado pelo Dia de Cooperar (Dia C), o maior movimento de voluntariado cooperativista do Brasil, que nasceu em Minas e se tornou referência no país. Recém-celebrado (este ano, a comemoração aconteceu em 6 de julho), o programa criado para estimular ações permanentes de voluntariado nas cooperativas já contabiliza 505.626 voluntários e 14.766.743 pessoas beneficiadas no Estado desde 2009. Somente em 2023, 277 cooperativas mineiras desenvolveram ações nesse sentido, mobilizando 14.646 voluntários. As iniciativas aconteceram em 409 cidades do Estado, beneficiando 579.629 pessoas.

            No Brasil, o Dia C já mobilizou, desde sua origem, 1.374.168 voluntários, que contribuíram de alguma forma para o bem-estar e a prosperidade de 29.236.684 pessoas. Em 2023, 140.008 voluntários de 2.005 cidades e 1.091 cooperativas estiveram engajados em ações que atenderam a 3 milhões de pessoas. São números que precisam ser enaltecidos. Como a própria ONU já constatou.

Leo Junior

Bacharel em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário UNA, graduado em Marketing pela Unopar e pós graduado em Marketing e Negócios Locais e com MBA em Marketing Estratégico Digital, é um apaixonado por futebol e comunicação além de ser Jornalista certificado pelo Ministério do Trabalho.

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