Cultura

Artistas celebram o Dia do Cinema Brasileiro com memórias e referências marcantes

(Fat Family – Foto: Murilo Amancio)

Comemorado no dia 19 de junho, artistas como Fat Family, banda Tuyo, Julia Mestre e Carol Juno falam sobre suas experiências e maiores referências no cinema brasileiro, relembrando suas conexões à arte nacional

Em celebração ao Dia do Cinema Brasileiro, artistas de diferentes estilos e gerações relembram suas conexões com o cinema nacional. O grupo Fat Family, banda Tuyo e as cantoras Carol Juno e Julia Mestre compartilham suas experiências marcantes, participações em produções audiovisuais e referências que moldaram sua trajetória artística.

A data é marcada pelo início da história do cinema no país e traz um convite à valorização do audiovisual nacional e dos talentos que constroem essa narrativa ao longo dos anos. 

Confira alguns:

Fat Family: presença marcante no cinema musical, com o filme “Xuxa Requebra”

O grupo Fat Family relembra a participação no clássico musical “Xuxa Requebra” (1999), tanto na trilha sonora quanto como parte do elenco. Na trilha sonora, o grupo integra a faixa “Chegou a Festa”, contribuindo para reforçar o clima festivo do filme. “Foi uma experiência inesquecível. Estávamos vivendo um dos momentos mais marcantes da carreira e fazer parte de uma produção tão importante no cinema brasileiro, ao lado da Xuxa, foi uma grande honra”, afirmam. A relação com o público se fortaleceu ainda mais com o filme, que levava uma mensagem de alegria, união e diversidade – valores que sempre fizeram parte da trajetória do grupo. “Até nossa mãe participou do filme, é uma memória afetiva que nos acompanha com muito carinho”, completam.

Tuyo (Crédito: Lucas Nery)

Tuyo: trilha sonora do filme Lulli, da Netflix, com a faixa “Quando For Falar de Amor”

A banda Tuyo participou da trilha sonora do filme “Lulli” (Netflix), com a faixa Quando For Falar de Amor, em parceria com Fióti. No filme, a personagem “Lulli” demonstra dificuldades de escutar as pessoas ao seu redor e a música “Quando For Falar de Amor” reforça a responsabilidade de se comunicar e praticar a verdadeira escuta.

Ainda que a banda não tenha participado diretamente da composição, os integrantes destacam o valor de emprestar suas vozes para a construção de uma narrativa audiovisual. “Fióti é um amigo generoso que nos incluiu num movimento que ele pleiteou! Viver essas experiências de entregar para outras manifestações artísticas as paisagens que somos capazes de construir com a voz e com singularidade podem proporcionar é realmente revigorante!”.

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(Carol Juno (Crédito: Renan Jordão)

Carol Juno: entre a música e a atuação

Com formação em cinema e bagagem como atriz, Carol Juno destaca o lado afetivo e o criativo que o cinema nacional tem em sua trajetória. “O cinema tem um lugar muito especial no meu coração, e o brasileiro especificamente tem um brilho diferente. Estudei cinema pra poder fazer meus próprios clipes, e isso fez a minha apreciação crescer ainda mais”, explica. Carol Juno cita suas inspirações, que possuem em comum temas sociais profundos dentro de realidades regionais específicas, com olhar sobre o cotidiano do povo brasileiro, que estão dentro das obras como “Ó Pai Ó”, “Entre Irmãs”, “Central do Brasil” e “Saneamento Básico”. E também revela o desejo de, um dia, atuar em um filme como atriz: “É um sonho de infância!”.

(Julia Mestre (Crédito: Elisa Maciel)

Julia Mestre: o cinema como inspiração e linguagem artística

A cantora e compositora Julia Mestre compartilha como o cinema sempre foi um território de liberdade criativa e uma fonte profunda de inspiração. Desde a infância, se encantou com a arte dos filmes nacionais “é uma linguagem que diz muito mais com o silêncio, com a atmosfera, com o gesto”, afirma. 

Essa relação intensa com o cinema se materializou em seu mais recente projeto Maravilhosamente Bem, onde o álbum é também um filme (assista aqui), com uma experiência audiovisual que atravessa universos sensoriais, sensuais e oníricos, fortemente influenciado pelo cinema independente brasileiro. 

“Criar personagens sempre foi um alicerce para enfrentar a minha timidez, sempre usei da fantasia uma de me expressar artisticamente, então conseguir unir isso com música tornou este processo do álbum ainda mais gostoso. Contar essas histórias através da imagem foi a minha forma de homenagear esse cinema que sempre me inspirou”, comenta Julia.

Ao revisitar essas referências, Julia Mestre celebra a força da cultura nacional e a importância de reconhecer os feitos da nossa cinematografia “Ver todos os feitos e grandeza que nosso cinema tem alcançado é como uma verificação que estamos trilhando um caminho forte em direção ao futuro”.

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