Alexandre Andrés lança o álbum “Luar Total” no dia 10 de outubro
Novo trabalho reúne nove faixas inéditas e parcerias com nomes como Mestrinho, Orquestra Ouro Preto, Gustavito, Flávio Tris, Luiz Gabriel Lopes e Bernardo Maranhão. O disco chega às plataformas digitais nesta sexta-feira, dia 10 de outubro.

O músico e compositor Alexandre Andrés apresenta seu novo álbum, “Luar Total”, um trabalho que reafirma a força da canção autoral mineira e propõe um mergulho poético no tempo presente. Reunindo nove faixas inéditas, o disco traz participações e parcerias com Mestrinho, Orquestra Ouro Preto, Gustavito, Flávio Tris, Luiz Gabriel Lopes, Bernardo Maranhão, Luísa Lacerda Ciro Belucci, e outros nomes da cena contemporânea brasileira, em arranjos que transitam entre o baião, o rock, a canção e a música de câmara.
Gravado com arranjos de Rafael Martini, Artur Andrés, Joana Queiroz e Luísa Mitre, o álbum conta com Alexandre em voz, violão e flauta, acompanhado por Thiago Almeida (piano e escaleta), Mestrinho(sanfona), Natália Mitre(bateria e percussão), Joana Queiroz(clarinete), Bruno Vellozo(baixo elétrico), Luisa Lacerda(voz), PC Guimarães(guitarras e cordas), além do quarteto de cordas da Orquestra Ouro Preto e de um trio de clarinetes liderado por Joana Queiroz.
Mais do que um registro musical, “Luar Total” é um retrato afetivo e sonoro de um artista que transforma experiências pessoais em canção — um disco que fala sobre amor, natureza, amizade e a urgência de estar presente. Curiosamente, o álbum foi gravado durante o período da maior superlua de 2024. O lançamento coincide com o mesmo fenômeno, que é raro na astrologia e carrega uma série de simbolismos. Na ocasião, o satélite natural parece maior e mais brilhante, e os efeitos podem ser contemplados a olho nu.
FAIXA A FAIXA
Luar Total (Alexandre Andrés & Luiz Gabriel Lopes)
Faixa-título do álbum, “Luar Total” fala sobre o poder de estar presente em meio à dispersão do mundo digital. O refrão expressa o coração da obra: “Força nesse som, força nesse dom, estar presente aqui, estar presente aqui!” O arranjo de cordas é de Luísa Mitre, com Ciro Belucci nos vocais. A canção carrega novamente o espírito beatlemaníaco que permeia o disco e foi inspirada na convivência e na parceria de vida que Alexandre mantém com sua esposa, Luciana Vieira.
Jurema (Alexandre Andrés & Flávio Tris)
Primeira composição com Flávio Tris, “Jurema” nasceu da amizade de Alexandre com uma gata que o acompanhou durante o isolamento em Belo Horizonte. A canção, de lirismo delicado, celebra o amor e a alegria presentes nos gestos simples, evocando a sonoridade dos Beatles, com referências a Ringo Starr, Lennon/McCartney e Billy Preston.
Espelho Claro (Alexandre Andrés & Gustavito)
Mais uma colaboração com Gustavito, “Espelho Claro” aborda a libertação e o acolhimento através da amizade. O arranjo mistura influências do Nordeste — em homenagem a Alceu Valença — com as harmonias típicas de Minas Gerais. A faixa traz arranjo de cordas de Rafael Martini e participações de Mestrinho (sanfona, Sergipe) e Thiago Almeida (piano, Ceará).
Saudade Saudade (Alexandre Andrés & Flávio Tris)
Segunda parceria com Flávio Tris, a canção fala da ausência e da presença simbólica de quem partiu. A “saudade” aparece como combustível para a criação e a vida. A atmosfera lírica remete à tradição interpretativa de Mônica Salmaso e Milton Nascimento.
Uaimii (Alexandre Andrés & Bernardo Maranhão) e Uiara (Alexandre Andrés & Bernardo Maranhão)
A composição trata da relação entre o ser humano e a natureza, evocando a espiritualidade das florestas e uma prece por tempos melhores. A. faixa conta com arranjos de sopros de Joana Queiroz (clarinetes e flautas) e participação de Luísa Lacerda (voz).
Linha Longa (Alexandre Andrés & Luiz Gabriel Lopes)
Composta durante a pandemia, em parceria com Luiz Gabriel Lopes, a canção reflete sobre o afastamento e as mudanças internas provocadas pelo isolamento. A faixa une o rock dos Beatles a um coro final de caráter jazzístico, revelando um resultado inusitado e vibrante.
Uiara (Alexandre Andrés & Bernardo Maranhão) – Participação: Ciro Belucci(voz)
Com clara referência ao baião tradicional, a canção Uiara conta com a participação de Ciro Belucci e pode ser considerada como uma espécie de “baião mineiro”. Reunindo elementos modernos, característicos da música mineira contemporânea, a faixa carrega uma veia autoral e autenticidade que acompanha os demais trabalhos de Alexandre Andrés.
Cantilena (Alexandre Andrés & Gustavito)
Inspirada em um sonho, a faixa nasceu de um encontro onírico entre Alexandre e Gustavito. A letra, escrita pelo parceiro, narra esse episódio com lirismo. O baião, pulsante e coletivo, ganha força nas percussões de Natália Mitre (zabumba, triângulo, coquinho e pandeiro) e encerra-se com um coro marcante: “Cantaremos, cantarei, cantarás o que já cantei, cantar é o que nos faz sobreviver”.
Sinos (Alexandre Andrés & Bernardo Maranhão)
Regravada com novo arranjo para voz e quarteto de cordas, “Sinos” fala sobre o amor e a importância de valorizar os pequenos momentos ao lado de quem se ama. Dedicada à esposa de Alexandre, Luciana Vieira, a faixa é um dos pilares afetivos do disco.
Um retrato musical de afetos e territórios
Reunindo canções que transitam entre o lirismo, o afeto e a reflexão, “Luar Total” reafirma a trajetória de Alexandre Andrés como um dos nomes mais inventivos da nova música brasileira. O álbum é, ao mesmo tempo, celebração e convite: um chamado para olhar o presente com atenção e escuta.
Sobre Alexandre Andrés
Alexandre Andrés é violonista, flautista, cantor e compositor mineiro. Possui oito CDs próprios, intitulados “Agualuz” (2008), “Macaxeira Fields” (2012), “Olhe bem as montanhas” (2014), ambos em parceria com o poeta mineiro Bernardo Maranhão, “Haru” (2017), “Macieiras” (2018), “Rã” (2019) e “Luar Total” (2025). Ao longo de sua carreira, Alexandre Andrés já se apresentou com nomes de peso, como Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal, Grupo Uakti, André Mehmari, Mônica Salmaso, Tatiana Parra, Chico Pinheiro, Ná Ozzetti, Sérgio Santos, Neilor Proveta, Léa Freire dentre outros importantes músicos brasileiros e de fora do país.
Andrés já ganhou importantes prêmios como “Natura Musical 2009”, “Música Minas 2010”, “Melhor disco de música brasileira no Japão” pela Latino Magazine, em 2013 e 2019 (Macaxeira Fields e Rã, respectivamente), “Meio de Campo – Egberto Gismonti + Alexandre Andrés” e os prêmios “BDMG Instrumental” em 2009 e 2015. Em setembro de 2017, juntamente com o pianista e compositor Rafael Martini, realizou uma turnê pelo Japão com shows em Kyoto, Okayama e Tóquio. No ano de 2020, foi selecionado em primeiro lugar pelo projeto Arte em casa, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, com sua música ‘Menino’, parceria com o poeta Bernardo Maranhão. No mesmo ano, participou do Festival de Inverno da UFMG junto a Mônica Salmaso, tocando a mesma canção ‘Menino’, fazendo dueto com a cantora paulista em sua programação ‘Ô de casa’.
Além dessas duas apresentações, Andrés realizou uma live/workshop para uma plataforma de música do Japão, apresentando um pouco de sua trajetória e tocando algumas canções, realizou uma live sobre produção musical para o IMHA, (Instituto Maria Helena Andrés), realizou lives nas redes sociais, lançou materiais audiovisuais em suas plataformas de vídeo etc. Em 2021 participou como flautista da faixa “Meu Côco”, do disco homônimo, de Caetano Veloso. No mesmo ano produziu (gravou e mixou) álbuns de artistas como Cristian Budu, Artur Andrés, Thiago Almeida, Pedro Gomes, dentre outros. Produziu e tocou a estreia do projeto Orquestra Ouro Preto e Artur Andrés (Uakti), no mês de dezembro. Produziu e lançou o DuoFoz, de Natália Mitre e PC Guimarães, gravou e participou do lançamento do álbum duplo, AHO-AHA, de Gustavito Amaral, dentre outras importantes atuações. Em 2022 o artista tocou junto ao Duo Foz e Léa Freire no Sesc Consolação, pelo Instrumental Sesc, parceria do BDMG Cultural com o SESC-SP.
Atuou como produtor musical gravando álbuns de Thiago Almeida, Rafael Calaça, Raphael Gimenes, Rafael Perrota, bem como o importante festival de música “Artes Vertentes”, em Tiradentes, 2021-2024. Em 2022 e 2023 produziu o disco de Léa Freire junto a músicos de Minas Gerais, gravou o disco “Entre Luas” de Tatiana Parra e Erika Ribeiro, atuou como engenheiro assistente da gravação da ópera “Auto da Compadecida” da Orquestra Ouro Preto, dentre inúmeros outros feitos. Em 2023 lançou seu vinil “Macaxeira Fields” celebrando 10 anos do lançamento desse que é seu segundo álbum, com shows em BH (Sesi Minas) e Tiradentes (Artes Vertentes). Em 2024 e 2025 tocou junto a artistas como Rafael Martini, Luiz Gabriel Lopes e Arthur Rezende.
Serviço
Lançamento do álbum “Luar Total”, de Alexandre Andrés
9 faixas | Arranjos de Rafael Martini, Artur Andrés, Joana Queiroz e Luísa Mitre
Participações: Mestrinho, Orquestra Ouro Preto, Ciro Belucci, Luísa Lacerda, entre outros.
Dia 10 de outubro, nas plataformas digitais