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18/07 – Teatro da Fumaça convida para leitura dramática no Memorial Vale 

O Teatro da Fumaça leva ao Memorial Vale a leitura do texto que dará origem ao seu novo espetáculo “O Mundo Está em Chamas, o Teatro Também tem de Estar”, de autoria de Jean Gorziza em parceria com Júlia Oliveira. O texto traz uma atriz em uma sala teatral prestes a ser demolida, um espectador em uma plateia prestes a ser sequestrado,e a temporada de uma companhia de Teatro de Revista interrompida por um golpe de Estado. Figuras, locais e tempos distintos, conectados pelo teatro enquanto fazer e espaço. A leitura está marcada para o dia 18 de julho, quinta-feira, às 19h30. O evento integra o projeto Contemporâneo do Memorial Vale e a retirada de ingressos deve ser feita 1 hora antes do evento (apenas um ingresso por pessoa, sujeito a lotação).

O Memorial Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, fica na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, e tem entrada gratuita. Saiba mais em https://memorialvale.com.br/pt/ .

Criado a partir da reunião de cinco artistas residentes em Belo Horizonte, o Teatro da Fumaça é composto por Domenica Morvillo, Ítallo Vieira, Jean Gorziza, João Santos e Júlia Oliveira. Com diferentes experiências criativas, e todos estudantes da UFMG, eles se uniram para investigar o trânsito do teatro com outras linguagens, pesquisando formas contemporâneas de criação e temas de interesse comum relacionados à diversidade, às juventudes e a identidades dissidentes.

Fundado em 2023, o Teatro da Fumaça venceu, já em 2024, o Ibsen Scope Grant, premiação norueguesa através da qual financiará o espetáculo “MINERAL IBSEN”. Também em 2024 inicia o processo de “Canção do Engate”, solo de Ítallo Vieira contemplado pela Lei Paulo Gustavo. Ambos os espetáculos têm estreia prevista para 2025. Antes disso, porém, “O Mundo está em chamas, o Teatro também tem de estar” marca a estreia do coletivo nos palcos, com um texto autoral e encenação desenvolvida em processo independente.

Sobre o projeto

Autor e co-diretor do espetáculo, Jean Gorziza, integrante do Teatro da Fumaça, é discente do Curso de Graduação em Teatro da UFMG e desenvolveu o texto “O Mundo está em chamas, o Teatro também tem de estar” durante sua participação no Núcleo de Pesquisa em Dramaturgia do Galpão Cine Horto. A escrita contou com colaboração de João Santos, colega de Gorziza no Teatro da Fumaça, em processo coordenado por Vinícius de Souza – que assina a dramaturgia do espetáculo mais recente do Grupo Galpão, o “Cabaré Coragem”.

Ainda que ficcional, o texto parte de três fatos documentais, todos eles relacionados ao teatro enquanto acontecimento e enquanto espaço urbano, investigando suas relações com a realidade social e política em diferentes contextos históricos, sendo eles: o fechamento, abandono e destruição da estrutura do Teatro de Câmara Túlio Piva (Porto Alegre), a partir de 2014; a crise dos reféns do teatro de Dubrovka, nome pelo qual ficou conhecido o sequestro de toda uma plateia, elenco e profissionais do Teatro de Dubrovka, em Moscou, em 2002, por terroristas chechenos; e a interrupção da temporada da Cia. de Teatro de Revista Walter Pinto em Buenos Aires pelo golpe militar que derrubou o governo de Juan Perón, em 1956.

O texto de Gorziza mergulha em cada uma dessas situações a partir da perspectiva de três personagens distintas. A primeira é uma atriz que se recusa a sair de um teatro prestes a ser demolido. Entre ruídos de retroescavadeiras, ela confunde memórias do ofício teatral com episódios representativos da história da dramaturgia. Em outro plano, um espectador pouco habituado ao teatro narra sua experiência na plateia de um musical sobre uma guerra, borrando a fronteira entre a cena e a recepção quando o teatro é sequestrado por um grupo armado. A terceira perspectiva é a de um integrante de uma companhia de Teatro de Revista Brasileira preso em um teatro portenho durante um golpe de Estado. Ali, ele passeia pela história de violência e golpes na América Latina, enquanto provoca reflexões sobre a função política do Teatro.

Serviço: Memorial Minas Gerais Vale

Endereço: Praça da Liberdade, nº 640, esquina com Rua Gonçalves Dias, Savassi.

Horário de funcionamento: Quarta, sexta e sábado: das 10h às 17h30, com permanência até as 18h. Quinta, das 10h às 21h30, com permanência até as 22h. Domingo, das 10h às 15h30, com permanência até as 16h. Entrada Gratuita

Memorial Minas Gerais Vale

O Memorial Minas Gerais Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, já recebeu mais de 1,4 milhão de pessoas, de todos os lugares do Brasil e de outros continentes. São mais de 1.600 eventos realizados e cerca de 200 mil pessoas em visitas mediadas. Integra o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, um dos maiores complexos de cultura do Brasil. Caracterizado como um museu de experiência, com exposições que utilizam arte e tecnologia de forma intensa e criativa, é um dos vencedores do Travellers’ Choice Awards do TripAdvisor. Na curadoria e museografia de Gringo Cardia, cenários reais e virtuais se misturam para criar experiências e sensações que levam os visitantes do século XVIII ao século XXI. Mais que um espaço dedicado às tradições, origens e construções da cultura mineira, o Memorial é um lugar de trânsito e cruzamento entre a potência da história e as pulsações contemporâneas da arte e da cultura, onde o presente e o passado estão em contato direto, em permanente renovação. É vivo, dinâmico, transformador e criador de confluências com artistas independentes e com diversos segmentos da cultura mineira.

Leo Junior

Bacharel em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário UNA, graduado em Marketing pela Unopar e pós graduado em Marketing e Negócios Locais e com MBA em Marketing Estratégico Digital, é um apaixonado por futebol e comunicação além de ser Jornalista certificado pelo Ministério do Trabalho.

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