Sambistas mineiras fazem show para curar dor no pé, na cabeça e no coração
Elas também fazem uma homenagem a Dé Lucas que também se apresentará neste dia

Um dos espaços mais emblemáticos de Belo Horizonte, reconhecido como Patrimônio Imaterial da capital mineira, que também é Ponto de Cultura, a Guarda Treze de Maio de Nossa Senhora do Rosário e Terreiro de Umbanda São Sebastião, receberá um evento que promete entrar para a história, como a maior concentração sambistas que Belo Horizonte já reuniu. Cida Reis, Dóris, Raquel Seneias e Vivi Amaral, que integram o Coletivo Docilaré fazem show neste local no sábado, dia 20 de setembro, a partir das 15h.
As divas do samba mineiro se unem para realizar essa apresentação com objetivo de potencializar e difundir tradições do samba entre gerações, garantir a permanência de um conjunto de expressões simbólicas que fazem parte da identidade cultural da capital mineira, que é a junção da fé, com a festa, com a alegria, a diversão, a comemoração, a união, celebrando a vida.
A apresentação será realizada na Rua Jataí, 1.309, a partir das 15h. Os ingressos podem ser adquiridos através da página do Sympla pelo link: https://www.sympla.com.br/evento/docilarE-no-quintal-do-treze—de-volta-ao-comeco/3114383 e custa apenas R$15. A renda da bilheteria será integralmente utilizada para cobrir as despesas do Ponto de Cultura. Este projeto foi aprovado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura/2024, modalidade Fundo.
Dé Lucas – O show também objetiva homenagear o cantor, compositor e instrumentista, Dé Lucas, dono de uma grande versatilidade e ousadia em suas composições, O sambista é presença constante nas rodas de samba de Belo Horizonte, possui uma caminhada robusta e reúne mais de 300 canções com parceiros tradicionais deste ritmo. De acordo com a cantora, intérprete e sambista há 30 anos, Cida Reis, Dé Lucas merece essa homenagem porque ele é um dos sambistas mais jovens, se comparado com os demais da atualidade. “Ele é talentoso, tem uma produção muito intensa, domina vários instrumentos, começou muito jovem, e correu atrás por conta própria”, ressalta.
Nascido no bairro Serra, esse cantor, compositor e instrumentista, é presença constante nas rodas de samba de Belo Horizonte é dono de uma grande versatilidade e ousadia em suas composições. Dé iniciou sua carreira muito cedo, com 18 anos, integrou os grupos Favela, Samba da Madrugada, Eldorado Samba Show, Fina Flor e Liberdade. O compositor também foi um dos fundadores do grupo Na Cadência do Samba. Além de trabalho autoral, Dé Lucas acompanhou vários músicos de renome.
Em 2015, lançou o projeto Casa de Bamba, onde recebe compositores e cantores de renome de Minas e de outros estados. Idealizou o projeto O Garimpo, que resgata, revela, reverencia e divulga os novos e velhos talentos do Aglomerado da Serra, Região Centro-Sul da capital mineira, sempre acompanhado por um artista consagrado de Belo Horizonte. Em maio de 2018, ao lado de Edson Cruz, lançou no Sesc Palladium o Cd Mãos. O disco tem 11 faixas. O show contou com as participações de Douglas Din, Marcos Sacramento e Fabiana Cozza.
A cantora, intérprete e sambista há 30 anos, Cida Reis, ressalta que as músicas de Dé Lucas possui características próprias. “Mesmo quando revisita alguns ritmos, ele traz um frescor musical. Gosto demais das músicas dele, Clarear, de cabo a rabo Filhos da Madrugada, quinto elemento, Coria e muitas outras, Todas as letras musicais dele são muito sofisticadas, a poética dele é muito bonita. As letras são ricas”, complementa.
Outra componente do Docilaré, Dóris, sambista e compositora que é conhecida também pelo projeto Cantando e Contando a História do Samba, lembra que o público não pode perder esse momento. “Será uma forma autêntica de vivenciar a cultura brasileira e suas raízes afro-brasileiras, celebrando a alegria, a comunidade e a resistência”, assegura.
Raquel Seneias também destaca que será uma oportunidade única. “Será uma ocasião de sentir a energia da música, dançar e interagir com as pessoas em um ambiente democrático e acolhedor, que reúne diferentes gerações em um encontro para cantar e celebrar juntos”, completa.
A cantora Vivi Amaral complementa afirmando que que a apresentação será uma verdadeira cura para a dor no pé, na cabeça e no coração. “Será remédio para a dor física e psicológica. Faremos um show que terá tudo a ver com alegria, porque é a fé de que a vida é para cantar e deixar a tristeza para trás”, conclui.
Local – Quintal do Treze, que fica localizado na Rua Jataí, 1.309, é o local escolhido para essa apresentação por possuir um significado muito forte. “Um espaço de confraternização, além de ser um local de junção da fé, com a festa, com a alegria e diversão, onde se comemora a união e celebra a vida. E também um, Ponto de Cultura, reconhecido por agentes culturais como Patrimônio Imaterial de BH – Guarda Treze de Maio de Nossa Senhora do Rosário e Terreiro de Umbanda São Sebastião, no Bairro Concórdia, Regional Nordeste, da capital mineira”, explica.
Quem Somos – O Coletivo Docilaré formado pelas cantoras: Elzelina Dóris, Cida Reis, Vivi Amaral e Raquel Seneias, teve início na virada Cultural de Belo Horizonte, no ano de 2022. Quatro mulheres sambistas que construíram suas carreiras driblando o preconceito social e o machismo no samba, utilizando diferentes estratégias para conquistar, mesmo que de forma independente, a realização do sonho de se tornarem cantoras. Quatro artistas que se unem para juntas comandar rodas de samba.
Serviço: Apresentação Musical do Coletivo Docilaré |
Data: Sábado, dia 20 de setembro Horário: 15h às 19h30 Endereço: Quintal do Treze – Rua Jataí, 1.309, bairro Concórdia Valor: R$15,00 |