BH recebe ​Francofonia Festival com noite cheia de artistas franceses

Metro Verlaine, uma das atrações do Francofonia. Foto: Ella Herme/Divulgação

Durante encontro em junho de 2023 em Paris, os presidentes Emmanuel Macron, da França, e Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, decidiram organizar a Temporada França-Brasil em 2025, com o objetivo de dar um novo impulso à relação bilateral que celebra este ano o 200º aniversário. A Temporada também visa contribuir para respostas conjuntas aos desafios políticos, sociais e ecológicos contemporâneos, além de apresentar a riqueza e diversidade da criação dos dois países.

E por falar em diversidade, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória, Brasília, Goiânia, Uberaba e Belém recebem shows especiais de 4 artistas franceses que aportam no Brasil para mostrar seu trabalho em primeira mão. São eles o duo de new wave e punk Gwendoline e de pós punk Metro Verlaine, a vibe eletrônica experimental e pop futurista da DJ SÔNGE e a multi-instrumentista Aluminé Guerrero, que mistura eletro e hip-hop.

No dia 28 de agosto, às 20h, o Distrital (R. Opala, s/n – Cruzeiro, Belo Horizonte – MG, 30310-170) recebe o Festival Francofonia, um verdadeiro encontro cultural que traz a Belo Horizonte quatro atrações da cena contemporânea francesa: Aluminé Guerrero, Gwendoline, Metro Verlaine e SÔNGE que estarão ao lado dos DJs Gas e Pahmer.

Para Daniel Crase, produtor do Distrital, a realização do festival reforça a vocação multicultural do espaço: “É uma noite que nos empolga bastante. Receber quatro artistas de fora do país, cada um com suas peculiaridades e identidade artística, é muito forte e gratificante. Eventos como esse reforçam nossa casa como um espaço multicultural, numa reunião de diferentes estilos”, destaca.

Localizado no Mercado do Cruzeiro, o Distrital se consolida cada vez mais como referência na cena cultural de Belo Horizonte, reunindo artistas nacionais e internacionais em uma programação diversa e de alta qualidade.

O evento conta com o apoio da Embaixada da França no Brasil, do Consulado Geral da França em São Paulo, do Instituto Francês  e do What The France, e integra uma série de ações que celebram a diversidade e a vitalidade das expressões musicais franco-brasileiras.

Mais sobre os artistas

Aluminé Guerrero é cantora, compositora e multi-instrumentista argentina. Sua música funde folclore latino-americano, eletrônica e hip hop, em uma celebração vibrante das culturas indígenas. Com voz, violão, charango e sons eletrônicos, ela cria um universo sensorial que convida à dança e à reflexão. Seu último álbum, “HIERBA MALA” (Wonderwheel Recordings, 2023), em colaboração com o produtor francês Yeahman, é um tributo às paisagens e resistências do território argentino — um neo-folclore poderoso, enraizado e contemporâneo.

A música do Gwendoline não faz concessões. Entre cold-wave punk e sarcasmo cru, a dupla de Brest canta o desencanto contemporâneo com letras molhadas de cerveja e ironia. Depois de um primeiro disco escrito literalmente no balcão do bar, eles voltam com “C’est à moi, ça” (2024) um álbum caseiro e cortante, cheio de hinos para quem já desistiu de agradar. Os refrões grudam como grito de arquibancada – só que o alvo são os clubes de férias, a TV lixo, e eles mesmos.

Metro Verlaine celebra 10 anos de paixão pós-punk com um remix club de Manchester, em homenagem à era Haçienda. Após “POP SAUVAGE” (2024), a dupla normanda já prepara um quarto álbum para 2026. Uma pop sombria, nervosa e romântica, sempre pronta para fazer a melancolia dançar.

SÔNGE é DJ, produtora e cantora francobretã. Com uma sonoridade entre o hyperpop e o jersey club, ela constrói um universo onde tecnologia e natureza, sonho e pista de dança se encontram. Formada em jazz, revelada nas Trans Musicales de Rennes, ela lançou seu primeiro álbum “Flavourite CÂLÔ em 2019. Desde então, SÔNGE brilha nas festas LGBTQIA+ da cena eletrônica francesa. Seu novo EP “Outremonde” (2024) é uma viagem cósmica e sensorial que confirma seu talento singular na cena pop alternativa francesa.