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CCBB BH dá palco à mostra “O AR VIBRA NAS VOZES”

Evento reúne as criações literárias cênicas de oito artistas da capital mineira, produzidas a partir da residência "O ar vibra nas vozes", que envolveu processos de escrita, compartilhamento e performances de poesia. A mostra ocupará o Teatro II do Centro Cultural do Banco do Brasil Belo Horizonte, de 14 a 18 de agosto, em apresentações abertas ao público.

Oito artistas belorizontinos, com trajetórias diversas, imergiram em um minucioso e intenso processo coletivo de criação poética e cênica, como parte de um projeto de residência para o compartilhamento de textos, exercícios, escrita, reescrita e experimentação performática. Durante dois meses, eles participaram de encontros para lapidar sua escrita poética e ao mesmo tempo favorecer e fortalecer as trocas, nesse universo paradoxalmente solitário e muitas vezes íntimo que envolve a arte literária. Agora, o resultado desse processo criativo é aberto ao público durante cinco apresentações da mostra “O ar vibra nas vozes”, que acontece entre 14 e 18 de agosto, às 19h, no Teatro II do Centro Cultural do Banco do Brasil Belo Horizonte (CCBB BH). Durante os encontros, os poetas farão as leituras performadas dos textos, e ainda conversarão sobre as suas criações literárias e sobre escrita, poesia, reescrita e publicação.

 

Os ingressos são gratuitos e estarão disponíveis para a retirada a partir de 08/08 no site ccbb.com.br/bh e na bilheteria do CCBB BH. Um novo lote de ingressos será liberado a partir de uma hora antes de cada apresentação, com retirada exclusivamente na bilheteria do CCBB BH. Informações: (31) 3431 9400 | ccbb.com.br/bh | Instagram.com/ccbbbh | Facebook.com/ccbbbh

 

Idealizada pela tradutora Ana França e a artista multidisciplinar Sara Pinheiro, e produzida pela Ventura, a mostra “O ar vibra nas vozes” ultrapassa as fronteiras de um sarau convencional ou um espetáculo. “É uma proposta de caráter híbrido, em que os participantes atuam na escrita, mas também em outras áreas artísticas que permitem interagir com os textos. Desse modo, cada um traz algo de si, dando forma à leitura”, contextualiza Ana França.

 

Alguns poemas inseridos no programa das apresentações são inéditos, enquanto outros foram aprimorados durante a residência, que contou com direção literária de Maria Carolina Fenati e direção cênica de Marcelo Castro. As obras são de autoria de Ana França, Sara Pinheiro, Carmen Marçal, Caíque Pinheiro, Bramma Bremmer, Rafael Fares, Luciana Cristina Campos e Dudu Luiz Souza, que participaram dos encontros coletivos, ao longo dos meses de junho, julho e agosto deste ano, para o compartilhamento de textos, escrita e reescrita, e experimentação performática. “A ideia era abrir um processo criativo para produzir literatura, mas também conversar sobre ela e experimentar formas performativas de compartilhar essas produções”, explica Sara Pinheiro.

 

Por isso, a concepção do trabalho, que agora o público terá a oportunidade de conhecer, partiu de uma construção que foi conjunta na essência. “A produção de poesia é muito individual, fica num âmbito muito solitário. Nossa ideia foi quebrar um pouco esse padrão. Nos encontros, um pôde contribuir com o outro, tanto na escrita quanto nas performances, a partir das diversas linguagens compartilhadas entre os residentes”, complementa Sara Pinheiro.

 

Nos palcos, além dos residentes, convidados experientes da cena literária e cultural participarão das apresentações, com foco em ampliar o alcance e garantir a diversidade das performances. Entre eles estão o multiartista Renato Negrão, a poeta-slammer e ativista Nívea Sabino e a poeta Mônica de Aquino.

 

Ana França e Sara Pinheiro são amigas e colegas de literatura que, durante a pandemia de Covid-19, em 2020, começaram a trocar poemas e a ter um olhar para a escrita uma da outra. Daí nasceu a ideia da residência, em 2023, e de fazer os poemas chegarem ao público. “Se fazemos isso entre a gente, por que não expandir?”, pergunta Ana França. A proposta inicial de produzir um sarau foi derivada para outros lugares, chegando ao modelo performático que desenhou o resultado a ser apresentado no CCBB BH.

 

Ana França tem traduções publicadas pelas editoras Elefante, Ema e Veneta e traduções no prelo. Trabalha com múltiplos pares linguísticos (francês, espanhol, inglês e português) em suas traduções de obras teóricas e literárias, artigos acadêmicos, teses, ensaios e catálogos de mostras, com ênfase em feminismos, arte, direitos humanos e América Latina. Integra o Coletivo Sycorax de tradução, com o qual participa de mesas de debate e oficinas sobre tradução e feminismos. Destacam-se a mesa “Tradução Expandida: ativismo e práticas de co-criação literária”, promovida pela Casa Looren, fundação suíça de apoio à tradução.

 

Sara Pinheiro transita entre a Literatura, o Teatro e o Cinema. Em Belo Horizonte, foi integrante da Cia. do Chá e do grupo de teatro de bonecos Pigmalião. Foi também coordenadora e curadora da mostra Janela de Dramaturgia, que teve suas três primeiras edições publicadas em coletânea pela editora Perspectiva/SP. Ganhou o prêmio Jovem Escritor Mineiro com o projeto de romance “Membro Fantasma”, pela Secretaria do Estado de Minas Gerais. Publicou a peça infantil “Mero”, na coletânea “Por Que – teatro para juventudes” da editora Javali, e o livro infantil “O esférico mundo da tia Loló”, pela editora Chão da Feira. Atualmente desenvolve o longa-metragem “Enseada”.

Circuito Liberdade

O CCBB BH é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

 

 

 

SERVIÇO

Mostra “O ar vibra nas vozes”

Data: 14 a 18 de agosto de 2025

Local: Teatro II do Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (CCBB BH)

Endereço: Praça da Liberdade, 450 – Funcionários – BH/MG

Funcionamento: de quarta a segunda, das 10h às 22h.

Ingressos gratuitos: disponíveis a partir de 08/08 em ccbb.com.br/bh e na bilheteria do CCBB BH. Um novo lote de ingressos será liberado a partir de uma hora antes de cada apresentação, com retirada exclusivamente na bilheteria do CCBB BH.

Classificação indicativa: conforme a programação

 

Informações: (31) 3431 9400 | ccbb.com.br/bh

Instagram.com/ccbbbh | Facebook.com/ccbbbh

E-mail: ccbbbh@bb.com.br

SOBRE A PRODUÇÃO

Ventura é uma produtora sediada em Belo Horizonte. Formada por Laura Godoy e Marcella Jacques, a empresa tem como foco projetos de realizadoras e busca em seus trabalhos trazer notoriedade para o protagonismo feminino. “Baronesa”, dirigido pela sócia Juliana Antunes, foi o primeiro longa-metragem assinado pela Ventura, sendo exibido e premiado em diversos festivais importantes pelo mundo, como Fid Marseille (França), Havana Festival (Cuba), FIC Valdívia (Chile), Indie Lisboa (Portugal), Doc Montevideo (Uruguai), com distribuição nos cinemas do Brasil pela Vitrine Filmes. Atualmente, a empresa finaliza o longa-metragem “Bate e Volta Copacabana”, de Juliana Antunes (ficção) e o documentário “Welles na Terra do Silêncio”, de Laura Godoy. Em 2020, produziu a mostra “Uma Pioneira em Hollywood”, sobre a trajetória da cineasta Dorothy Arzner, primeira mulher a dirigir filmes na indústria americana.

 

SOBRE A COORDENAÇÃO E A DIREÇÃO

Produção Executiva – Laura Godoy: É sócia de Marcella Jacques na produtora Ventura. O premiado longa Baronesa, dirigido por Juliana Antunes, foi o primeiro filme da empresa, que atualmente finaliza “Bate e Volta Copacabana”, segundo longa de Juliana. Laura também é produtora dos filmes “As Linhas da Minha Mão” e A Terra Gasta”, de João Dumans. Foi diretora de produção e pesquisadora dos longas “Arábia”, de João Dumans e Affonso Uchoa, e “Canção ao Longe”, de Clarissa Campolina. Fez pesquisa e produção para o curta “Quando Terra Treme”, de Walter Salles, e para a série Resíduo, de Marilia Rocha. Realizou as entrevistas e a pesquisa de imagens do documentário “Vozes de Paracatu e Bento”, projeto coordenado por Walter Salles para a Globonews. Trabalhou ainda na equipe de produção de filmes como “No Coração do Mundo”, de Gabriel Martins e Maurílio Martins, e “Lutar, lutar, lutar”, de Sérgio Borges e Helvécio Marins. Atualmente, além dos projetos da Ventura, dedica-se ao seu primeiro documentário, “Welles na Terra do Silêncio”, sobre a mítica passagem de Orson Welles por Ouro Preto.

 

Coordenação de produção – Marcella Jacques: É formada em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e              Propaganda. Trabalha no mercado audiovisual desde 2004, com grande experiência em direção de produção e produção executiva. Já participou de mais de 30 projetos, entre longas-metragens, curtas e séries. É sócia-fundadora da produtora VENTURA, junto a Laura Godoy. Em 2018, foi selecionada para a Berlinale Talents, em Berlim. Em 2020, foi co-curadora e produtora da mostra “Uma Pioneira em Hollywood”, sobre a cineasta americana Dorothy Arzner, única mulher a dirigir durante a Era de Ouro dos estúdios de Hollywood. Atualmente, está na finalização dos seus próximos 2 longas-metragens como produtora e produtora executiva: “Bate e Volta Copacabana”, de Juliana Antunes (ficção) e “Welles na terra do silencio”, de Laura Godoy (documentário).

 

Direção literária – Maria Carolina Fenati: Formada em História pela UFMG, estudou literatura portuguesa contemporânea em Lisboa em seu mestrado e doutorado. Fundou a Chão da Feira em 2011, organizando a coleção Caderno de Leituras, a revista Gratuita e a publicação de livros junto a outras três sócias. Fez curadoria, consultoria e preparação editorial de diversos títulos pela Chão da Feira e outras editoras. Tem experiência como editora e professora, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura portuguesa contemporânea, história, arquivos literários, teoria da literatura, publicação e edição de textos e processos de escrita.

 

Direção cênica – Marcelo Castro: É ator, diretor e mestre em Práticas Cênicas e Cultura Visual pela UCLM/Museo Reina Sofía (Madrid), com licenciatura em Teatro pela UFMG. Sua atuação transdisciplinar abrange performance art, fotografia, audiovisual e peças radiofônicas, com foco em poéticas do espaço, do encontro e do acaso. Desde 2016, pesquisa as relações entre a poesia brasileira contemporânea e performance. Foi membro-fundador do Grupo Espanca!, onde atuou e dirigiu por 13 anos. Em 2024, foi contemplado com o 4º Prêmio Décio Noviello de Artes Visuais e Fotografia, pelo projeto Núcleo Nômade de Fotografia. *Marcelo Castro também participará como convidado das apresentações. CONVIDADOS – NÍVEA SABINO: Poeta nova-limense, autora de “Interiorana”, Nívea Sabino é graduada em Comunicação Social e possui Especialização em Juventudes Contemporâneas. Sua atuação resulta numa importante trajetória de ativismo poético no que tange o enfrentamento ao racismo, à lesbofobia, ao sexismo e outras formas de opressão, através da palavra, pelos slam’s, rodas de poesia e saraus de periferias. Publica os seus textos prioritariamente pela boca e muros das cidades. É uma das articuladoras da RodaBH de Poesia e mulher pioneira nas competições de Poesia Falada – Slam’s, em Minas Gerais. É membro fundador da Academia Nova-limense de Letras. Em 2019, foi co-curadora do FliBH – Festival Literário Internacional de Belo Horizonte, com a temática #NarrativasVivas; integrou o corpo de jurados do Prêmio Jabuti 2020 na categoria “Poesia”; e participou em março de 2022 da Mostra de Poesia Mineira | Confluências Poéticas, em Barcelona, Espanha. Desenvolve trabalhos em diversas linguagens.

 

 

 

Paulo Gomes

Jornalista | Repórter Momento Celebridade TV Band Minas | Cronista Esportivo @agotv @momentocelebridadetvbandminas @conexãoinforma |

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