“Quintas dos bons encontros” na Cozinha Santo Antônio, se despede de 2023
No único dia da semana em que o restaurante abre também a noite, gastronomia divide a cena com a música e a literatura
Durante todo o ano de 2023, a noite de quinta-feira na Cozinha Santo Antônio reuniu muito mais do que comensais ávidos pela celebrada culinária da chef Ju Duarte. É que no restaurante, quinta também é de música e poesia. A última edição do ano da “Quinta dos Bons Encontros” acontece na próxima semana, dia 14/12 e vai reunir vários nomes que passaram por lá nos últimos meses num grande encontro de fim de ano.
Com amarração artística Lena Cunha, a Cozinha Santo Antônio recebeu as poetas Ana Elisa, Glaura Santos, Lelena Lucas, Natália Menhem, Cyntia Paulino, Paula Vaz e Raquel Pedras que além de declamar os próprios poemas, também leram Alice Ruiz, Ana Cristina César, Ana Martins Marques, Hilda Hilst, recebemos na Cozinha as poetas acima.
Já na parte musical, marcaram presença os músicos Marcos Frederico, Humberto Junqueira, Lucas Telles, Beto Lopes, Rafael Pimenta, Arthur Pádua, Everton Coroné, Raissa Anastácia, Bia Nascimento e Lygia Santos.
“A quinta-feira é uma noite descontraída. Dia de comer boa com música e poesia para acompanhar o passeio tranquilo pelo cardápio, bem acompanhado de amigos, conversa fiada, vinho ou o que mais o cliente sentir vontade” conta Ju Duarte.
Vale destacar também o Jantar Literário, onde a chef, em parceria com a Bora Experiências recebia a escritora para um bate papo sobre seus livros com um menu inspirado nas obras.
No encontro do dia 14/12 estão confirmados nomes como Glaura Santos, Paula Vaz, Murilo Antunes e outros. Como de costume, a noite conta com o “microfone aberto” e todos podem participar.
Serviço
Quinta dos Bons Encontros na Cozinha Santo Antônio – última edição de 2023
Rua São Domingos do Prata, 453 – Santo Antônio
Horário: 19h às 00h
Sobre a Cozinha Santo Antônio
Em uma esquina charmosa, em um dos bairros mais tradicionais da cidade, a Cozinha Santo Antônio chama atenção logo de cara pela arquitetura. Ao mesmo tempo mineira e cosmopolita, com garimpos e peças de design e uma imponente e acolhedora cozinha aberta.
Uma ótima tradução para a comida feita ali. “Estamos completamente conectados com as nossas origens e com a nossa história, mas temos os pés no presente e o olhar no futuro”, diz Juliana Duarte, que comanda tudo no espaço.
A Cozinha Santo Antônio tem por principio o respeito à sazonalidade dos ingredientes, por isso o cardápio muda de acordo com o que se tem de mais fresco e gostoso para cozinhar. Os insumos são orgânicos, de origem e chegam através de pequenos produtores.
“Todo início de semana planejo o cardápio dos próximos dias com base no que os produtores têm disponível” conta Juliana. “Durante a semana os pratos são de uma comida mais caseira, que eu defino como sendo ‘que nem a da casa da gente’. No final de semana temos pratos mais elaborados e sempre há opção vegetariana. A comida varia de receitas de família bem mineiras a pratos da cozinha do mundo, como a francesa e a do Oriente Médio que eu gosto muito e estudo”, completa.
Juliana é uma cozinheira, historiadora e pesquisadora da história da gastronomia mineira. Mas antes disso tudo trabalhava na publicidade enquanto paralelamente estudava gastronomia e vendia seu disputado paté na Feira Fresca.
Do seu jeito, vem fazendo comida com história e afeto, transformando algo aparentemente banal em “extraordinário”. Comida que valoriza a cultura alimentar mineira e que faz bem para o corpo e para a alma.