A Prefeitura de Belo Horizonte, em parceria com o Instituto Lumiar e apoio cultural do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, realiza Ações Continuadas do Festival de Arte Negra de Belo Horizonte – FAN BH, oferecendo atividades gratuitas que vão além do evento bienal e que têm como objetivo fortalecer a cultura afro-brasileira e refletir a pluralidade das artes negras.
Até o dia 27 de dezembro, três exposições ocupam diferentes espaços da cidade, como forma de resgate e de representatividade, difundindo a produção de obras de artistas locais, dando visibilidade à simbologia africana. Entre elas está a mostra “Adinkras”, do Instituto de Pesquisa e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO), que apresenta no Centro Cultural Usina de Cultura, um conjunto de símbolos usados pelos povos acã da África Ocidental (notadamente os asante de Gana). Os símbolos representam ideias e provérbios que transmitem sabedoria ancestral, formando um sistema de escrita visual que traduz a história e a filosofia de diversos povos africanos.
No Centro Cultural Padre Eustáquio acontece a exposição “Telas Live Painting”, que apresenta obras de treze artistas que conceberam suas pinturas ao vivo, durante a 12ª edição do FAN BH, ocorrida em 2023. A ação recebeu intervenções dos artistas plásticos Ba Face3, Dalata, Fênix, Lucas Alfa, Mariana Marinato, Nika, Pixone, Warley Bombi, Ladobeco, Bruna Pimenta, Davi DMS, Ed Mun e TinaSoul.
A exposição “Conta (en)canto”, instalada no Centro Cultural Urucuia, das gêmeas Clarisse e Clarelis Ribeiro, também integra a programação. As trancistas, naturais da Região Oeste de Belo Horizonte, exploram a criatividade do trançar, apresentando as tranças como uma arte e uma tecnologia negra ancestral que conecta as tradições do passado às visões do futuro. As tranças são retratadas como uma ponte entre gerações e saberes.
As Ações Continuadas fazem parte de um movimento de expansão do FAN BH, que busca não só dar visibilidade à cultura negra durante o Festival, que acontece a cada dois anos, mas também almeja contribuir de forma permanente para uma transformação social que passa pelo incentivo e fortalecimento dos saberes e das identidades culturais de matriz africana.
Entre os meses de novembro e início de dezembro, aconteceram oficinas de Afroempreendedorismo, ministrada pela professora, consultora financeira e mentora Ana Teles, além da ação formativa “O Cinema como Ferramenta para a Educação das Relações Étnico-Raciais”, ministrada por Elaine do Carmo, jornalista e mestre em Cinemas Negros pela UFMG, voltada para educadores da rede pública municipal de Belo Horizonte. Durante a ação foi lançada a Cartilha “Ensino da história afro-brasileira: a cultura como ferramenta para a educação das relações étnico-raciais”. Acesso pelo site portalbelohorizonte.com.br/fan
A Cartilha também contempla a Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências.
SERVIÇO – Ações Continuadas FAN BH
De 28/11 a 27/12
Exposições |terça a sexta: das 9h às 19h; sábados: das 9h às 17h
“Adinkras,”do Instituto de Pesquisa e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO) – Centro Cultural Usina de Cultura
“Telas Live Painting”, com artistas plásticos Ba Face3, Dalata, Fênix, Lucas Alfa, Mariana Marinato, Nika, Pixone, Warley Bombi, Ladobeco, Bruna Pimenta, Davi DMS, Ed Mun e TinaSoul – Centro Cultural Padre Eustáquio
“Conta (en)canto”, fotografias de Clarisse e Clarelis Ribeiro – Centro Cultural Urucuia
Cartilha “Ensino da história afro-brasileira: a cultura como ferramenta para a educação das relações étnico-raciais”. Acesso pelo site portalbelohorizonte.com.br/fan