73,3% dos empresários do comércio de Belo Horizonte perceberam uma piora na economia – apesar deste cenário, 66,0% esperam contratar novos empregados e 80,1% esperam vendas melhores
Apesar deste cenário, 66,0% destes empresários esperam contratar novos empregados e 80,1% esperam vendas melhores
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) de Belo Horizonte ficou positivo, acima dos 100 pontos, no mês de junho. O índice de confiança geral é maior entre os empresários com mais de 50 funcionários, 103,4 pontos, sendo de 101,3 entre os empresários com menos de 50 empregados. Entre os setores, semiduráveis sustenta maior confiança, com 110,4 pontos, seguido por não duráveis, 102,2 pontos. Para o setor de duráveis o nível de confiança foi de insatisfação ao marcar 92,0 pontos.
No desdobramento do índice geral, o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) mostra insatisfação, atingindo 74,2 pontos. No mês de junho, houve uma redução de 0,7 ponto percentual em relação ao nível de confiança registrado principalmente pelo setor de duráveis.
Essa percepção pode estar atrelada ao fato de 73,3% dos empresários do comércio de Belo Horizonte avaliarem que a condição da economia atual piorou. Empresários do segmento de duráveis mostram-se mais pessimistas, ainda assim são os que acham que as condições da economia melhoraram muito: 4,7%, seguidos por 4,6% de não duráveis e de 2,9% de semiduráveis.
Apesar da melhora em alguns indicadores macroeconômicos, tais como o nível de desemprego e a inflação mais controlada do que em períodos anteriores, a percepção dos empresários frente ao momento atual da economia vem se deteriorando nos últimos meses. Segundo Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG, “os empresários do comércio varejista são muito impactados pelo alto nível de endividamento dos consumidores, visto a redução do consumo. Acrescido a isso, o saldo de crédito para pessoas jurídicas vem reduzindo nos últimos doze meses, e a inadimplência das empresas permanece estável, o que mostra uma dificuldade financeira e/ou organizacional das empresas em cumprir suas obrigações com dívidas”.
As condições atuais do comércio tiveram piora do nível de confiança com redução de 0,4 ponto percentual em relação a maio, com o segmento de bens duráveis tendo essa percepção mais acentuada frente aos demais segmentos.
Expectativas
A expectativa dos empresários para seus negócios teve aumento do nível de confiança de 0,4 ponto percentual com 80,1% deles acreditando que as vendas vão melhorar. Em contrapartida, o ICEC de junho mostra queda no otimismo quanto ao futuro da situação econômica do país. Entre maio e junho, o nível de confiança nesse indicador teve piora de 3,8 pontos percentuais, totalizando 59,9%. Da mesma forma, a expectativa de desempenho para o setor caiu de 74,2% em maio para 72,7% e junho.
“Os empresários estão muito incertos com o futuro da taxa básica de juros da economia brasileira. Além disso, as expectativas de aumento da inflação e o cenário fiscal do país justifica a queda da expectativa de desempenho do setor”, explica Martins.
Investimentos
O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (Iliec) mostra que os empreendedores de Belo Horizonte consideram a possibilidade de injetar recursos nos negócios. Assim como em maio, o Iliec de junho foi positivo com 102,0 pontos refletindo a intenção de investir em estoques, quadro de funcionários e em projetos da empresa. A intenção de contratar passou dos 117 pontos, tanto para empresas de até 50 empregados quanto para aquelas com quadro maior que 50 funcionários. Ao todo, 66% dos entrevistados dizem que vão contratar.
O nível de investimento da empresa atinge o nível de confiança, com 100,9 pontos, entre as empresas com mais de 50 empregados. Já a situação dos estoques passa dos 100 pontos somente para o segmento de produtos semiduráveis. Para 63,1% das empresas os estoques estão em níveis adequados.
Sobre a Fecomércio MG
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais integra o Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais que tem como presidente o empresário Nadim Donato. A Fecomércio MG é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.
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